Depois de ter conseguido os melhores resultados de sempre em 2017, com um crescimento de 12% face ao ano anterior, e a comemorar duas décadas de existência, a Critical Software anunciou uma joint venture denominada Critical TechWorks e que resulta de uma parceria estratégica com o BMW Group.
As duas empresas vão juntar conhecimento e experiência na engenharia do software aplicada ao sector do automóvel e da mobilidade, nomeadamente no que diz respeito ao software embebido a bordo do veículo e à digitalização de processos corporativos.
“É um projeto extraordinário e que tem como missão construir o carro do futuro e ser referência global no novos paradigmas na mobilidade, um sector em que a tecnologia está mais rapidamente a introduzir mudanças e, por isso, muito estimulante e desafiador”, apontou Gonçalo Quadros à margem de uma apresentação da Critical TechWorks aos jornalistas.
Sem revelar números concretos, o CEO da tecnológica esclarece que, embora seja um processo fechado há algum tempo, ainda é "preciso esperar pela autorização das autoridades da competência", alertou Gonçalo Quadros, acrescentando que espera ter uma resposta ainda "em julho".
O CEO da Critical Software, Gonçalo Quadros, defende que ao longo dos 20 anos de existência, a tecnológica se tem empenhado em construir conhecimento, tecnologia, cultura – "a nossa cultura, os nossos valores, que tão bem definem o que somos”.
E esse "trabalho na construção de inteligência coletiva, de uma equipa de engenharia excecional e de tecnologia que é capaz de mudar o mundo que nos rodeia" será uma das razões para o grupo BMW ter escolhido a tecnológica portuguesa como parceira.
"A BMW conhece-nos, temos uma forte relação de confiança que nos aproxima", refere o empreendor que aponta também o facto de Portugal se ter "transformado num destino onde os mais exigentes encontram engenharia de muita qualidade e onde podem desenvolver projetos de grande exigência".
A nova empresa vai ter a sua sede na cidade do Porto onde, para além de Lisboa, também vai contar com centros de engenharia, focando-se em áreas de especialização como Inteligência Artificial, Big Data, Smart Factories, Customer Ecosystems, Vehicle Connectivity e Car Sharing Services.
Com sede em Coimbra, onde foi criada em 1998, a Critical Software atua em sectores como o da aeronáutica, da defesa, da segurança interna, dos transportes, das telecomunicações, das finanças e da energia e, no total, emprega cerca de 500 pessoas, em que cerca de 400 são da área da engenharia.
Atualmente, a empresa portuguesa de serviços e segurança informática tem escritórios em Lisboa e Porto e marca presença, através de subsidiárias, no Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos da América, Brasil, Moçambique e em Angola.
No início deste ano abriu quatro escritórios no interior do país para combater a tendência do êxodo populacional para o litoral, nomeadamente dos mais jovens e das empresas.
A escolha das cidades de Évora, Tomar, Vila Real e Viseu enquadra-se naquilo que distingue a tecnológica portuguesa, segundo Gonçalo Quadros.
“A Critical vence em domínios de engenharia cheios de desafios fantásticos como o espacial, o da aeronáutica, ou o automóvel. E consegue-o precisamente graças à sua capacidade de chegar aos mais competentes, ambiciosos e sonhadores”, refere.
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