A informação já tinha sido avançada na semana passada e foi ontem confirmada pela Reuters, que escreve que o Departamento de Comércio e outras agências norte americanas já confirmaram a mudança das regras que impediam as empresas norte americanas de negociar com a Huawei. A decisão deverá ser publicada hoje.

Na prática tudo indica que as empresas vão poder trabalhar com a Huawei na definição de normas para o 5G, mas não é claro se esta decisão se estende a outras áreas que estavam bloqueadas com a inclusão da empresa chinesa na lista negra, a entity list, por terem sido evocados riscos de segurança.

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Numa declaração à Reuters, o secretário norte americano para o Comércio afirmou que "os Estados Unidos não vão ceder a liderança na inovação global". "O departamento está comprometido em proteger a segurança nacional dos EUA e os interesses na política externa e em encorajar a indústria a envolver-se e defender as tecnologias norte americanas para se tornarem standards internacionais", afirma.

Depois da colocação da Huawei na lista de entidades com as quais as empresas norte americanas estão proibidas de fazer negócio em março de 2019, várias companhias defenderam a necessidade de continuar a trabalhar com a empresa chinesa, considerando que ficavam em desvantagem no desenvolvimento de standards e especificações para a interoperabilidade entre equipamentos.

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A Reuters escreve que as empresas ficaram com dúvidas sobre que tecnologia ou informação podiam partilhar e que por isso os engenheiros norte americanos reduziram a sua participação nas várias comissões, dando à Huawei ainda mais poder.

Mesmo assim, vários responsáveis da indústria e do governo afirma que esta nova decisão não deve ser vista como um sinal de abrandamento da guerra comercial e do bloqueio que os Estados Unidos mantêm contra a Huawei. Esta semana está previsto mais um encontro entre o secretário de estado Mike Pompeo e representantes do Governo Chinês, desta vez no Hawaii