A NTT DoCoMo está a preparar a saída do consórcio Hutchison para o mercado britânico (3 UK). Citando fontes próximas às empresas, a Reuters garante que o fim da relação entre a principal operadora móvel japonesa e o consórcio 3G resulta, em grande medida, da expectativa frustrada face à introdução da tecnologia i-mode (desenvolvida pela DoCoMo) no mercado inglês, através da operadora com licença UMTS.



Recorde-se que a DoCoMo investiu 1,69 mil milhões de euros na unidade inglesa da Hutchison Whampoa com a expectativa de que esta viesse a adoptar o i-mode e dessa forma acelerasse o desenvolvimento da tecnologia na Europa. Tal não veio a acontecer, uma vez que a operadora móvel britânica decidiu não adoptar a tecnologia desenvolvida para suportar serviços de Internet de alta velocidade.



A separação não tem confirmação oficial por parte das duas empresas e, segundo a agência noticiosa, não terá enquanto a DoCoMo não definir nova estratégia para o mercado britânico. A confirmar-se a saída da DoCoMo do consórcio - onde a sua posição accionista não é conhecida já que a 3 UK não é cotada - esta será a segunda a desistir do projecto. Já em Novembro a KPN vendeu os 15 por cento detidos no consórcio, comprados pela Hutchison por 168 milhões de euros, três anos antes adquiridos pela KPN por 1,5 mil milhões de euros.



Um porta-voz da DoCoMo adiantou recentemente em conferência de imprensa, que a operadora japonesa pretende reforçar a sua rede de parcerias na Europa para expandir a utilização do i-mode, mesmo tendo já acordos de licenciamento com operadores europeus como a KPN, Bouygues ou a Telefonica Moviles, sendo o Reino Unido um dos seus mercados-chave.



Uma nova parceria com trocas de capital em domínio britânico poderá estar a ser desenhada e é provável que venha a visar a mmO2 por ser o único dos quatro operadores 3G britânicos não vinculado a um grande grupo, dispondo de um leque vasto de clientes 3G e 2,5 G aos quais poderia oferecer a plataforma da DoCoMo. A mmO2 tem licenças para operar na Alemanha, Reino Unido e Irlanda, somando 20 milhões de clientes e posicionando-se como a sexta maior operadora móvel europeia.



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