A Microsoft e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos estão preparados para anunciar durante o dia de hoje que concordam com as pequenas alterações impostas pela juíza Colleen Kollar-Kotelly ao acordo assinado entre ambos para resolver o processo antitrust instaurado em 1998 contra a gigante de software, divulgou a Associated Press.



Contactados por esta agência de noticias, os advogados da empresa, da divisão antitrust do Departamento de Justiça e dos nove estados norte-americanos que também assinaram o acordo, afirmaram que não se iriam opôr às alterações, que concedem explicitamente à juíza Kollar-Kotelly mais autoridade para garantir que a Microsoft irá cumprir o acordo durante os próximos cinco anos.



Alguns juristas tinham previsto que todas as partes envolvidas iriam aprovar essas pequenas alterações, dado que se esforçaram tanto para obter a aprovação do acordo pela juíza. A magistrada concedeu a ambas as partes um prazo que termina hoje para concordar com as modificações que estabeleceu como condições essenciais para dar o sim ao negócio.



Os advogados de outros nove estados norte-americanos que rejeitaram o acordo com a Microsoft, considerando-o inadequado, estão ainda a decidir se deverão apelar da decisão emitida na semana passada, devido ao facto de muitos procuradores-gerais estarem ainda ocupados com as recentes eleições para o Congresso dos EUA.



A juíza Kollar-Kotelly afirmou na semana passada que o acordo final repunha a concorrência na indústria da tecnologia de uma forma clara, consistente e coerente. Por seu lado, Steve Ballmer, director executivo da gigante de software desde 1998, disse que a Microsoft pretende actuar futuramente na indústria como um "líder responsável" e que o cumprimento do acordo antitrust era um "compromisso empresarial e uma responsbilidade pessoal"



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