Um conjunto de sete empresas da área da electrónica escreveu ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a solicitar uma intervenção pessoal no reagendamento da revisão legislativa da taxa aplicada aos fabricantes de dispositivos electrónicos como compensação pela cópia privada de conteúdos.



A revisão da legislação começou a ser discutida em Dezembro de 2006, mas acabou por ser abandonada depois de um pedido francês de mais tempo de reflexão, numa manobra que terá tido como principal objectivo travar o processo.



A legislação em vigor, que afecta cerca de 20 países europeus, define uma taxa considerada pelas empresas "excessiva e injustificada", que visa compensar os artistas pelos direitos de propriedade intelectual.



"Gostaríamos de requerer uma reunião consigo para ouvirmos como pretende proceder, ou para entender as razões que levaram a Comissão a não continuar a sua acção", diz a carta, tornada pública pelo grupo.



A iniciativa reúne no mesmo protesto a Philips, Nokia, Hewlett-Packard, Intel, Sony-Ericsson, Matsushita e Sony, que garantem expressar o sentimento da indústria relativamente à questão.


"A confiança da indústria foi abalada com o súbito afastamento das reformas propostas, pelo que esperamos de si a liderança pessoal na retoma do processo de reforma", acrescenta o documento que sublinha o facto de por diversas vezes a própria Comissão Europeia ter já reconhecido a necessidade de reformar a taxa.



Notícias Relacionadas:

2000-12-26 - Suportes digitais taxados em França