O eBay vai despedir 325 trabalhadores da divisão PayPal, área da empresa que é responsável por pagamentos eletrónicos. David Marcus, diretor executivo do PayPal, está a tentar simplificar as burocracias da divisão para que novas soluções de pagamento sejam desenvolvidas.

Serão ainda despedidos mais 120 trabalhadores independentes que trabalhavam em parceria com a PayPal em todo o mundo. Com os cortes nos postos de trabalho a empresa norte-americana espera conseguir poupar cerca de 15 milhões de dólares no quarto trimestre fiscal.

"Se não mudarmos, simplesmente não conseguiremos sustentar a PayPal na posição de liderança mundial ao longo do tempo. E não vamos deixar que isso aconteça. Infelizmente, tomar as decisões corretas em nome dos nossos clientes significa que tivemos que tomar decisões muito duras dentro da nossa empresa", justificou David Marcus.

David Marcus está na liderança do eBay desde abril e uma das promessas era a de reorganizar os diferentes setores da empresa para criar um ambiente mais colaborativo. O presidente do eBay desde que tomou posse já consolidou nove unidades de desenvolvimento de produtos numa só. Num comunicado feito no blogue oficial do PayPal, o CEO mostra claramente que não está satisfeito com a organização atual da divisão e que pretende novidades no serviço dentro de pouco tempo.

"Em vez de estarem organizadas à volta de projetos, as nossas equipas vão estar agora dedicadas aos produtos e focados nos nossos consumidores", acrescentou David Marcus.

A concorrência de outras empresas de pagamento eletrónico tem crescido nos EUA, como são exemplo a Strike, a WePay e a Square, esta última que tem apostado bastante nas soluções de pagamento através de telemóveis. A Google também é uma das empresas norte-americanas que tem desenvolvido soluções de pagamento eletrónico.

A divisão PayPal, que atualmente tem perto de 13 mil trabalhadores, foi responsável por 43% das receitas do eBay em 2011. As receitas através do serviço continuam a crescer globalmente, mas o crescimento tem desacelerado ao longo dos últimos trimestres, caindo mais de 10% no espaço de um ano. O número de registados no serviço no final de setembro era de 117,4 milhões de utilizadores.


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