Um estudo da Outsystems avaliou o impacto das estratégias de desenvolvimento de software nas empresas e as consequências de escolher caminhos de desenvolvimento mais fáceis e rápidos, mas mais limitados e incompletos em termos de resultados para, por exemplo, contornar limitações técnicas, ou poder cumprir prazos de lançamento. 

Os custos implícitos, resultantes destas escolhas (dívida técnica), chegam a representar um terço do orçamento TI das empresas, segundo apurou a pesquisa. Nas grandes empresas, este custo chega a representar 40% do orçamento disponível e só 20% das empresas inquiridas admitem estar a gerir efetivamente o tema.

A maioria dos líderes entrevistados nos 10 países cobertos pelo estudo, Portugal incluído, acabam por reconhecer que a dívida técnica está a ameaçar a capacidade de inovação das suas empresas, resposta dada por 69% dos inquiridos.  

No mesmo estudo, 61% dos líderes tecnológicos admitiram que o desempenho da sua empresa está a ser prejudicado por esta questão e 64% acreditam que o tema continuará a ter um impacto relevante no futuro. 

A dívida técnica traduz o culminar de diferentes situações. A mais apontada pelos responsáveis é a existência de demasiadas linguagens/frameworks de desenvolvimento (52%). A rotatividade nas equipas de desenvolvimento também tem um impacto significativo (49%), bem como a decisão de aceitar defeitos e bugs identificados, para conseguir cumprir prazos de lançamento (43%). Pouco mais de um terço das empresas (36%) consideram-se aptas para gerir a dívida técnica no futuro, mostra ainda a pesquisa “A Ameaça Crescente da Dívida Técnica – The Growing Threat of Technical Debt”. 

“A combinação do código antigo com a nova geração de apps mobile, aplicações stack e a disseminação de SaaS está a roubar recursos, tempo e a capacidade para inovar às organizações’, sublinha Paulo Rosado, fundador e CEO da OutSystems, citado em comunicado. 

“Este relatório prova que a 'dívida técnica’ vai continuar a crescer, requerendo uma nova abordagem para ultrapassá-la e inovar à velocidade e escala necessárias para obter uma verdadeira vantagem competitiva”, acrescenta o responsável. 

O estudo da Outsystems reflete um inquérito a 500 empresas de diferentes dimensões, em sectores como as finanças, retalho, saúde, educação, serviços empresariais, governo e administração pública, media e telecomunicações, utilities e imobiliário. Foi preparado em parceria com a Lucid. 

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