
A Eve Air Mobility, uma empresa do grupo brasileiro Embraer, detalhou dois contratos para a venda de mais de uma centena de eVTOLs - Veículos Elétricos de Decolagem e Aterragem Vertical.
O acordo mais pormenorizado é com a também brasileira Revo, controlada pela Omni Helicopters International, e prevê a aquisição de um máximo de 50 aeronaves e a solução tecnológica da fabricante, para suporte a este tipo de operações. O contrato vale 1,39 mil milhões de reais, o equivalente a 219,7 milhões de euros e, segundo as previsões da Revo, os primeiros eVTOLs devem estar prontos para chegar aos clientes no final de 2027.
Como sublinha a revista Exame Brasil, com o acordo a Revo vai transformar-se no primeiro operador comercial dos eVTOLs da Eve, com o plano de substituir progressivamente os seus helicópteros convencionais por este tipo de veículos elétricos em viagens urbanas de curta distância.
São Paulo é um dos principais mercados da Revo, onde estão registados mais de 400 helicópteros e cerca de 2000 decolagens e aterragens diárias. A oferta atual da startup assenta na promessa de reduzir trajetos terrestres que podem levar até 3 horas a percorrer, por viagens aéreas de 10 minutos, com um serviço de táxi aéreo apoiado numa aplicação móvel para reservas.
O “carro voador” da Eve foi apresentado no início de junho, com 3 mil encomendas em perspetiva, segundo o site G1 da Globo, e ainda aguarda aprovação do regulador brasileiro da aviação. A certificação do modelo, que pode transportar até quatro passageiros, está prevista para 2027.
Dos contratos na calha foi já revelado outro potencial acordo com a Future Flight Global dos Estados Unidos. A Embraer anunciou a assinatura de uma carta de intenções com a empresa americana, que pretende comprar até 54 aeronaves para operações no Brasil e nos Estados Unidos. Se o negócio avançar, assegura também a entrada da subsidiária da Embraer no mercado americano, nesta área de negócio.
Nos últimos meses, outros acordos preliminares noutras regiões do globo têm também sido revelados pela tecnológica, que só no ultimos trimestre de 2024 anunciou três novos financiamentos de 173 milhões de dólares para concretizar o projeto.
30 mil eVTOLS e 3 mil milhões de passageiros em 2045
Um "Estudo Global de Perspetivas do Mercado de Mobilidade Aérea Urbana", apresentado pela Embraer no mesmo dia em que revelou os contratos, durante Paris Air Show, projeta que em 2045 vão existir 30 mil aeronaves deste tipo em circulação e até 3 mil milhões de passageiros transportados. As receitas do sector vão atingir os 280 mil milhões de dólares (243 mil milhões de euros). A análise tem em conta a realidade de 1800 cidades.
Os cálculos assentam na previsão de que as grandes cidades vão continuar a crescer e ficar cada vez mais congestionadas em termos de tráfego terrestre. Diz a pesquisa que, até 2035, mais de 800 cidades terão mais de 1 milhão de habitantes. Já em 2024, em cidades como Londres, São Paulo e Nova York, calcula-se que terão sido perdidas mais de 2.000 horas em congestionamentos de trânsito, um número que tende a crescer nos próximos anos.
Por regiões do globo, o estudo aponta a Ásia-Pacifico como a zona onde o crescimento médio do mercado será mais rápido, impulsionado pelo crescimento da classe média e das dificuldades de circulação em grandes cidades. Os Estados Unidos vão manter a posição de mercado mais consolidada no desenvolvimento deste negócio e a Europa um crescimento lento, sobretudo devido a questões regulatórias.
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