As encomendas totais de equipamentos tecnológicos deverão registar uma quebra de 3% em relação ao ano passado, diz a Gartner. A comprovar-se, este será o segundo ano consecutivo em queda, depois de em 2015 se ter assinalado uma redução de 0,75% no mesmo indicador.

Dos aparelhos compreendidos no estudo, a categoria de computadores ultraportáteis topo de gama (MacBook Air, Microsoft Surface Pro) é a única a registar um aumento, mais precisamente de 44 milhões para 49 milhões.

Os PCs mais "tradicionais", como desktops e notebooks, vão diminuir 28 milhões (de 244 milhões para 216 milhões) e continuar em queda até 2018, chegando a bater nos 199 milhões por essa altura.

Em contraste, o segmento dos telemóveis deve recuperar em 2017. De 2015 para 2016, os telefones vão cair dos 1.917 milhões de encomendas para os 1.887 milhões. Uma queda de 1,6% que, de acordo com a Gartner, vai ser sucedida por um aumento de, sensivelmente, 1,2% no próximo ano.

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"O mercado global de equipamentos não está num ritmo que lhe permita voltar ao crescimento em breve", disse Ranjit Atwal, diretor de investigação na Gartner. O responsável esclarece ainda que o mercado deverá estagnar durante os próximos cinco anos e que os próprios smartphones vão começar a registar aumentos mais residuais. "Não é surpresa. O mercado dos smartphones está a entrar em fase de maturação com telefones que são cada vez mais capazes e permanecem bons durante mais tempo", explica Robert Cozza, diretor de investigação.

Em comparação, a consultora considera que o mercado dos Android vai continuar a sair-se melhor que o da principal concorrente graças às propostas mais acessíveis das fabricantes chinesas. No entanto, a tendência poderá alterar-se com o lançamento do novo iPhone em 2017.