A batalha “legal” entre a Epic Games, Apple e Google, iniciada em agosto do ano passado, está longe de conhecer o seu fim. Agora, a criadora do popular Fortnite alega em novos documentos legais que a gigante de Mountain View terá criado uma “task-force” para impedir que os utilizadores descarregassem a versão Android do jogo noutras plataformas que não a Play Store.
Em resposta ao processo aberto pela Google em outubro, a Epic Games, que cita documentos internos da empresa adversária, defende que a “task-force” foi criada logo após ter começado a disponibilizar a versão Android do jogo através da Galaxy Store da Samsung, assim como no seu próprio website a partir de 2018.
De acordo com a Epic Games, a “task-force” da Google tinha como um dos seus focos principais identificar potenciais problemas de segurança que resultassem da instalação da aplicação fora da Play Store. Embora a empresa dê aos developers um prazo de 90 dias antes de divulgar vulnerabilidades encontradas, no caso da Epic Games, foram dados apenas nove.
A criadora do battle royale argumenta que a ideia por trás desta estratégia foi impedir que o jogo chegasse a outras lojas digitais, mantendo o domínio da Google em matéria de distribuição no mercado para Android, avança a Bloomberg. Os documentos legais submetidos pela Epic Games detalham ainda que os engenheiros da Google terão considerado a medida algo exagerada.
Do seu lado, a Google defende-se afirmando que a própria Epic Games lançou o jogo para Android com vulnerabilidades de segurança que poderiam comprometer os dados dos consumidores e sublinhando que vai continuar a lutar contra as alegações da produtora de videojogos em tribunal.
Já do lado da batalha entre a Epic Games e a Apple, o veredito foi conhecido em setembro. Além de determinar que a criadora de Fortnite teria de pagar uma indemnização à Apple, a justiça norte-americana decidiu que a empresa da maçã teria de passar a permitir opções de pagamento externas na App Store.
A decisão da juíza Yvonne Gonzalez Rogers não agradou à Apple, que a contestou em outubro de modo a atrasar o processo de mudança. Porém, o tribunal exigiu à empresa liderada por Tim Cook que cumpra a decisão e, numa nova ordem, a juíza que apreciou o caso sublinhou que a Apple não pode adiar a atualização das políticas da App Store.
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