Após a Microsoft ter pedido no dia 21 de Dezembro à juíza Colleen Kollar-Kotelly, responsável pelo caso antitrust, pelo menos mais quatro meses para reunir todos os dados exigidos pelos nove Estados norte-americanos que ainda não assinaram o acordo, estes vieram na segunda-feira apelar à mesma magistrada que não aceitasse o adiamento das novas audiências pedido pela empresa.



De acordo com a Associated Press (AP), os estados afirmaram à juíza distrital que o seu conjunto alargado de penalidades propostas - abrangendo muitos produtos da gigante de software - não deveria constituir nenhuma surpresa para a Microsoft. Os procuradores-gerais rejeitaram os argumentos da empresa de que eram necessários nove meses para investigar milhões de documentos.



Num memorando em resposta enviado ao tribunal segunda-feira à noite (31 de Dezembro), a Microsoft afirmou que precisava de mais tempo, uma vez que as propostas de recurso dos nove estados diferem significativamente do acordo alcançado entre a companhia e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, bem como os restantes nove estados que processaram a empresa de Bill Gates.



"Qualquer atraso é da culpa dos estados que não assinaram o acordo e que foram muito para além do âmbito legítimo desta fase de recurso e desencadearam, na prática, um caso completamente novo contra a companhia", afirmou a Microsoft num comunicado citado pela AP. Os nove estados pediram a imposição de sanções mais fortes do que as que constam do acordo já assinado.



A juíza Kollar-Kotelly tinha já anteriormente ordenado que as audiências para o processo de recurso tivessem lugar em Março. Mas se a magistrada der razão ao pedido da Microsoft, o caso será adiado para o final do Verão, pelo menos. Os Estados que se recusam a juntar-se ao pacto entre a Microsoft e o Departamento de Justiça são a Califórnia, Connecticut, Flórida, Iowa, Kansas, Massachusetts, Minnesota, Utah, Virgínia Ocidental e o distrito de Colúmbia.


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