A BRPX foi criada para atrair talento e desenvolvê-lo e testar inovações, envolvendo o meio académico, empreendedores, startups e meio empresarial. “Basicamente consiste num grupo de pessoas ligadas à tecnologia e à criatividade e também aos investimentos que, por um alinhamento cósmico muito feliz, se decidiram juntar”, referiu Celso Martinho, durante a apresentação oficial do projeto, esta tarde em Lisboa.

“O objetivo é essencialmente mudar duas coisas fundamentais: a primeira a forma como as grandes empresas se relacionam com a inovação e a segunda a forma como as novas startups e as novas empresas surgem e perceber como podemos mitigar o risco inerente ao aparecimento de uma startup”, acrescentou.

O ciclo de “construção” de empresas na BRPX será abordado em três fases. Uma primeira, a que chama Ideation ou de laboratório, consiste numa fase de acolhimento de ideias, self funded, em que é feita a decisão de avançar ou não com o investimento para explorar oportunidades.

A segunda fase, Incubation, abrange o investimento pre-seed, numa aposta até cerca de 250 mil euros, de forma a incubar as ideias e convertê-las em protótipo e oportunidade de negócio na fase seguinte.

Finalmente, a terceira, a de New Venture, consiste numa fase de investimento seed que pode ir até aos 500 mil euros, de criação da empresa, procura de talento e estratégia de lançamento, que prevê a abertura a novos investidores que ajudem a acelerar os planos de expansão.

Oxpecker na área da cibersegurança, Graf.ly e P24 com o jornal Público na área editorial e a startup Eat Tasty são os projetos que a BRPX já está a ajudar a "construir".

“Não posso deixar de agradecer todo o apoio que tive por parte da Sonae e da Sonae IM durante estes seis meses que estivemos a montar este projeto”, referiu Celso Martinho logo no início da apresentação. “Foi bom encontrar um grupo que não tem aversão ao risco e que privilegia a meritocracia”.