Um documento diculgado recentemente considera que se as tecnologias da comunicação e informação fossem menos cinzentas e mais divertidas, o número de mulheres que as usam ou desenvolvem poderia aumentar. O estudo, financiado pela Comissão Europeia, tem o intuito de descobrir formas para diminuir a discrepância entre homens e mulheres no plano da utilização e desenvolvimento de tecnologias, depois de se ter constatado que a predominância do sexo masculino nesta área se tornava cada vez mais vincada.



Uma das principais conclusões do documento é que a educação é uma peça fundamental na transmissão da igualdade de oportunidades para o desenvolvimento e uso das tecnologias, pelo que deverão ser as escolas as primeiras a definirem estratégias neste sentido.



Robin Williams, um dos professores envolvidos no estudo considera também que a conotação negativa de algumas actividades ligadas à tecnologia (como no caso dos hackers) constitui um dos factores determinantes para afastar as mulheres da tecnologia e levá-las a considerá-la chata e anti-social.



As características de comunicação e entretenimento das tecnologias são os pontos
que mais jogam a favor das tecnologias aos olhos das mulheres, segundo o estudo. O documento garante que quando mulheres e raparigas tomam contacto com o email ou Internet e as acham tecnologias agradáveis e divertidas deixam de pensar nelas como muito técnicas ou difíceis.



O documento considera ainda que a banalização de tecnologias como o acesso à Internet ou o uso de terminais móveis poderá ser fundamental para diminuir o fosso entre homens e mulheres, no que respeita a este assunto.



Estas conclusões fazem parte dos documentos Strategies of Inclusion: Gender and the Information Society financiado pelo programa IST da Comissão Europeia de onde recebeu um apoio de 928.000 euros. Este conjunto de trabalhos composto por diversos case studies contou com a participação de equipas de cinco países onde se incluem Reino Unido, Noruega, Holanda, Irlanda e Itália que analisaram estruturas governamentais e privadas para definir tendências e encontrar soluções.



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