O Google+ encerrou em 2019, num fim que ficou marcado por uma falha de segurança que expôs os dados de mais de 50 mil milhões de utilizadores da rede social. A forma como a Google lidou com a falha levou um conjunto de acionistas da empresa a avançar com um processo judicial. Agora, a gigante de Mountain View chegou a um acordo, onde terá de pagar 350 milhões de dólares para resolver o caso. 

Segundo informação avançada pela Reuters, foi submetido no início desta semana um acordo preliminar num tribunal federal em São Francisco, Estados Unidos. O acordo, que surge depois de mais de um ano de mediação, ainda necessitará de aprovação da juíza Trina Thompson.

No processo a Google foi acusada de esconder a falha de segurança na sua rede social durante vários meses, tudo enquanto reforçava publicamente o seu compromisso com questões como a segurança dos dados.

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De acordo com os accionistas, a empresa tinha receio que a descoberta da falha de segurança desse origem a um escândalo semelhante ao que aconteceu com o Facebook com a Cambridge Analytica. Além disso, quando a falha foi finalmente tornada pública, as ações da Alphabet, casa-mãe da Google, desceram significativamente.

Do seu lado, a gigante tecnológica defendeu que não foram cometidas infrações e que não encontrou provas de uso indevido de dados. “Identificamos e corrigimos problemas de software frequentemente, divulgamos informação sobre os mesmos, e levamos este tipo de assuntos a sério”, afirma Jose Castaneda, porta-voz da Google.

Anteriormente, a empresa já tinha chegado a um acordo noutro caso relacionado com a falha de segurança no Google+, onde concordou em pagar 7,5 milhões de dólares aos utilizadores da rede social.

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Recorde-se que, ainda no final do ano passado, a Google também chegou a acordo num processo que a acusava de recolher dados dos utilizadores no modo incógnito do Chrome. Os termos do acordo ainda não são conhecidos, mas terão de ser apresentados formalmente até este mês.

Apesar disso, a Google já começou a atualizar o aviso deixado aos utilizadores quando abrem o modo de navegação “anónima” no seu browser, que passa afirmar que o modo incógnito não altera a forma como os dados são recolhidos pelos websites visitados e pelos serviços que usam, incluindo os que pertencem à tecnológica.