A notícia é avançada pelo The New York Times numa altura em que a Google está a negociar com a Comissão Europeia os procedimentos para escapar a uma multa relativa a um processo que decorre há dois anos e que visa as práticas da empresa na área da pesquisa, da privacidade e publicidade online, mas também no mercado móvel.

Segundo informação do Fairsearch Group, esta nova queixa foi entregue ao executivo europeu porque a Google estará a usar o sistema operativo móvel para conseguir vantagens em aplicações chave, desenvolvidas pela empresa, aproveitando o domínio do Android e o facto do sistema equipar 70% dos telemóveis que chegam actualmente ao mercado.

A organização adianta que os fabricantes de telemóveis que usam o Android e qu querem usar aplicações da Google, como o YouTube, são obrigados a requisitos contratuais para colocar as aplicações desenvolvidas pela Google em localizações privilegiadas, adiantou o advogado do Fairsearch Group ao jornal.

O processo de avaliação das práticas comerciais da Google na Europa já decorre desde novembro de 2010, quando a Comissão Europeia abriu um processo formal de investigação, mas têm sido anexadas novas áreas, nomeadamente a área de mobilidade.

Joaquin Almunia, comissário europeu da concorrência, confirmou ontem ao mesmo jornal que a investigação continua e que a Google entregou uma nova proposta esta semana para mitigar as preocupações expressas pelo executivo, mas não estabeleceu datas para a conclusão do processo.

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