"Sempre concordámos que mercados saudáveis e vibrantes são do interesse de todos. Já fizemos amplas alterações aos nossos produtos de modo a responder às preocupações da Comissão. Ao longo dos próximos meses, iremos fazer mais atualizações para proporcionar maior visibilidade aos concorrentes na Europa”, reagiu Kent Walker, Vice-presidente Sénior dos assuntos globais da Google, sobre a multa aplicada pela Comissão Europeia à gigante tecnológica.

A empresa confirma as conversações na última década com Bruxelas sobre a forma como os seus produtos funcionam. E no processo, afirma que sempre concordou com uma coisa: que um mercado saudável e florescente era do interesse de todos.

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A partir de agora, tanto os novos dispositivos Android, como os já existentes, passam a perguntar aos seus utilizadores qual o browser de navegação na internet deseja instalar no dispositivo na Europa. Além disso, passa a criar licenças separadas para o Google Play, Chrome e a sua ferramenta de Search, como é referido no blog da fabricante.

“Anualmente, fazemos milhares de modificações aos nossos produtos, reagindo ao feedback dos nossos parceiros e utilizadores. Ao longo dos anos também fizemos alterações ao Google Shopping; às licenças das nossas aplicações mobile; e ao motor de pesquisa do AdSense para responder às preocupações formais levantadas pela Comissão Europeia”, destaca na seua mensagem pública. Desde então, a gigante tecnológica afirma estar a ouvir com atenção ao feedback recebido, tanto de Bruxelas como de outros. Dessa forma, nos próximos meses irá fazer ainda mais atualizações aos seus produtos na Europa.

Prova disso, segundo a Google, foram as alterações feitas ao Google Shopping, desde 2017, para responder ao feedback. Recentemente começou a estudar novos formatos para oferecer links diretos de comparação com outros websites de compras, e com ofertas de produtos específicos dos vendedores.

A empresa continua a afirmar que sempre deu a liberdade dos utilizadores instalarem qualquer motor de pesquisa nos seus smartphones Android e também os browsers, independentemente daquele que vem pré-instalado nos dispositivos quando são adquiridos.

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Tal como avançado anteriormente, a Google mudou o modelo de licenciamento de forma a separar o Google Play, Google Chrome e Google Search, para que as fabricantes possam optar por diferentes aplicações alternativas para os telefones.

Estas decisões não impediram que a comissária europeia Margrethe Vestager aplicasse a coima de 1,49 mil milhões de euros à Google, pelas infrações das regras antitrust.