Membros do Governo dos Estados Unidos estão em conversações com fabricantes como a Intel e TSMC sobre a construção de fábricas de semicondutores em solo americano. O objetivo é reduzir a dependência do país na Ásia, onde é fabricado grande parte da sua produção de processadores, avança o Wall Street Journal. Trata-se de um movimento planeado há anos, mas que agora ganha novos contornos de urgência, não só devido à pandemia da COVID-19, a guerra comercial com a China, assim como as questões de segurança nacional que têm surgido, como é o caso da Huawei.

Para além da Intel e TSMC, o Governo terá também conversado com a Samsung de forma a incentivar a empresa sul-coreana a expandir as suas operações nos Estados Unidos para a produção de processadores de nova geração.

Bob Swan, o CEO da Intel já terá manifestado interesse em contribuir na construção de uma fábrica de processadores em parceria com o Pentágono, segundo uma carta enviada ao Departamento da Defesa, invocando a “incerteza criada pela atual situação geopolítica”. A Intel já tem uma fábrica nos Estados Unidos, mas apenas para os seus próprios produtos, pelo que o novo projeto permitiria produzir para outras empresas externas.

Já a TSMC, a empresa do Taiwan que continua a ser a principal fornecedora de chips à Qualcomm, NVidia, AMD e a Apple, tem também uma oportunidade de expandir as suas operações em solo americano. A empresa já andava em conversações com o Departamento do Comércio e da Defesa para a construção de uma fábrica no país.

O Governo de Donald Trump tem ainda outras medidas para salvaguardar a produção americana, que incluem a implementação de taxas de exportação e restrições às fabricantes que vendam microchips às empresas chinesas. Assim como um maior investimento na indústria doméstica para suportar os custos da construção de mais fábricas. Ou mesmo incentivos às fabricantes que adaptem e instalem o seu equipamento nas fábricas americanas.