Dados de um novo relatório revelam que a tecnologia de inteligência artificial terá contribuído para a perda de quase 4.000 postos de trabalho em maio nos Estados Unidos.

Segundo os dados, avançados pela Challenger, Gray & Christmas, o número de despedimentos anunciados por organizações e entidades sediadas nos Estados Unidos ultrapassou a marca dos 80.000 em maio, um valor que representa uma subida de 20% face ao mês anterior.

O valor registado em maio é também quase quatro vezes mais alto do que aquele que se verificou no período homólogo no ano passado. Deste conjunto de despedimentos, perto de 5%, ou 3.900, foram causados por IA, com a tecnologia a substituir trabalhadores humanos.

O relatório detalha ainda que o setor da tecnologia foi um dos que mais despedimentos anunciou em maio, com 22.887. Por comparação, em maio do ano passado, tinham sido anunciados 4.503 despedimentos. Ao todo, este ano, o setor da tecnologia nos Estados Unidos já “cortou” 136.831 postos de trabalho.

À medida que a popularidade dos sistemas de IA continua a crescer, especialistas defendem que a tecnologia provocará mudanças significativas no mundo do trabalho. Por um lado, a IA pode criar novas profissões, por outro, acredita-se também que várias profissões podem estar em risco.

Quais são as profissões mais afetadas pelos sistemas de inteligência artificial como o ChatGPT?
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Um estudo recente acerca do impacto da tecnologia no mundo do trabalho indica que entre as profissões mais afetadas encontram-se a dos profissionais de telemarketing e a dos professores universitários de língua e literatura inglesa, assim como de línguas estrangeiras, História e Direito. Nesta lista incluem-se também sociologia, ciência política, mediadores e juízes e magistrados.

Outro estudo indica que os gestores estão entre os profissionais cujas carreiras estão mais expostas às capacidades da inteligência artificial generativa. O mesmo se aplica aos matemáticos, intérpretes, escritores e quase 20% da mão-de-obra nos Estados Unidos, afirma o estudo realizado por investigadores da Universidade da Pensilvânia e da OpenAI.