Investigação e inovação absorvem 13 mil milhões de euros em fundos estruturais entre 2000 e 20006

16 jun 2005 12:08

Este artigo tem mais de 19 anos

Seis por cento dos fundos estruturais previstos para o período entre 2000 e 2006 vão para projectos de investigação e inovação, diz a CE. O documento coloca Portugal no grupo dos mais pobres onde os investimentos nestas áreas ficam abaixo de 0,3% do PIB.

Entre 2000 e 2006 os fundos estruturais vão dar um contributo de 13 mil milhões de euros para projectos de investigação e inovação desenvolvidos na União Europeia. Numa análise apresentada pela Comissão Europeia conclui-se que a grande parte das verbas são alocadas a projectos de investigação na área das infra-estruturas e das redes, apoio a start-ups com projectos inovadores e modernização de empresas de pequena ou média dimensão.

O documento sublinha que os investimentos nesta área concentram-se praticamente em 30 das 254 regiões europeias existentes, para onde é canalizado metade do investimento público e privado na inovação e investigação.

Portugal insere-se nas zonas de fraco investimento nestas áreas, consideradas as zonas mais pobres da UE, onde o investimento não ultrapassa os 0,3 por cento do PIB. A par com a Grécia, os dois países são citados pelos níveis de investimento em investigação e inovação inferior a 0,2 por cento do PIB, excepção feita às capitais.

Os países com melhor classificação são como habitualmente os nórdicos como a Finlândia (2,2 por cento do PIB), ou a Suécia (2,7 por cento do PIB). No que respeita aos países que no período em análise tiveram maior capacidade para absorver fundos estruturais na área da inovação e investigação lideram a Espanha, Alemanha e Itália.

As verbas canalizadas para estes países servem sobretudo para infra-estruturas; projectos de inovação; ou criação de ambientes propícios à inovação (através do apoio a pequenas e médias empresas), diz um comunicado da CE.

"As políticas regionais dão já hoje um contributo substancial para atingir os objectivos da Estratégia de Lisboa, sobretudo nas áreas da inovação e investigação", sublinha Danuta Hübner, comissário europeu para as políticas regionais, sublinhando que esse investimento é tanto maior nas zonas com maior potencial para "o desenvolvimento de projectos de investigação de topo a nível mundial".

De sublinhar que os 13 mil milhões de euros canalizados para a investigação e inovação representam 6 por cento do total de fundos estruturais atribuídos no período.