Casafari, a Forall Phones, a AirCourts, Utrust e Advertio são consideradas as cinco startups portuguesas mais promissoras de 2021, entre todas as que foram constituídas no país nos últimos cinco anos e a liderar um ranking que reúne 25 empresas. Os dados constam do relatório anual da Scaleup Portugal, que juntamente com outro estudo acabado de lançar - o Portugal Startup Outlook, faz um retrato do ecossistema português de startups e aponta vários indicadores.
Este ano, as startups portuguesas angariaram 180 milhões de euros em financiamento, num crescimento de 488,28% face ao registado em 2020, quando tinham apenas conseguido cativar 30 milhões de euros. O número de exits também cresceu, 17,6%, para um total de 125, revelam os documentos.
Ainda assim, um quarto das empresas continua a apontar o financiamento como o maior desafio para começar uma startup em Portugal, já 17% acham que o mais difícil é vencer a burocracia. A maioria das startups em Portugal está focada no ecommerce (20%) e nas Tecnologias da Informação (18%). No top das 25, 44% são da categoria de Consumer & Web e 36% de TIC.
No que se refere ao financiamento angariado, os dados mostram que 28% vem dos Estados Unidos. Os investidores nacionais asseguram 19% do capital investido nas startups locais. Quem investe, aposta sobretudo em projetos numa fase inicial (early stage) e coloca entre as principais barreiras ao investimento em Portugal, a falta de experiência dos fundadores. Isto embora a maioria dos fundadores de startups em Portugal tenha mais de cinco anos de experiência. Segundo também apura o documento, 64% destes founders são portugueses.
A maior parte das empresas usam o capital angariado para desenvolver novos produtos e serviços (29%) e para o pagamento de salários (23%). Quase um terço das empresas (29%) apontam como maior desafio à angariação de fundos encontrar os investidores certos para o seu projeto, com 22% a mencionarem a rede de contactos limitada.
O relatório Scaleup Portugal é uma iniciativa do acelerador Building Global Innovators (BGI) e do EIT Digital, em parceria com a Informa D&B, Semapa NEXT e MAZE Impact. O projeto existe desde 2016 e nasceu para colmatar a necessidade do ecossistema português de empreendedorismo de dados imparciais sobre as empresas com maior
escalabilidade. As startups que integra no seu ranking de 25 empresas mais promissoras, destacam-se pela angariação de grandes rondas de financiamento, pela obtenção de receitas e pela geração de impacto através da criação de postos de trabalho.
O Startup Outlook, também da responsabilidade da BGI e o EIT Digital, faz o retrato completo do ecossistema e das suas tendências, a partir da análise de 500 startups. Nos últimos anos os relatórios anteciparam cinco exits e o mais recente unicórnio português, a Sword Health, que no ano passado liderou o Top 25.
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