O parlamento italiano quer que 6% de todos os valores pagos por empresas em produtos digitais, como publicidade, sejam retidos como impostos, noticia o Financial Times.
A medida, inserida na proposta de Orçamento de Estado do país para 2018, prevê, no entanto, a isenção de taxas para serviços comprados por pessoas individuais e para produtos adquiridos até 30 euros.
Para Massimo Mucchetti, da comissão parlamentar da indústria italiana, “a Itália quer dar um empurrão político a este tema, não temos medo. É um ataque à evasão fiscal”, explicou.
A proposta, que surge depois da sugestão da França para a criação de um imposto digital sobre a faturação e não apenas sobre o lucro das grandes tecnológicas, vai ser discutida esta semana sendo decidido, até ao final do ano, se é ou não aprovada.
Itália, Espanha e Alemanha foram os países que apoiaram de imediato a indicação francesa, aos quais se juntaram Portugal, Bulgária, Grécia e Áustria. No entanto, alguns países, como o Luxemburgo, a Irlanda e a Dinamarca mostraram reservas em avançar com a medida. A Comissão Europeia decidiu dar início a consultas públicas para avaliar a iniciativa.
Recorde-se que, atualmente cada país aplica as suas próprias taxas e base de cálculo, com a Irlanda e o Luxemburgo a adotarem uma das mais baixas da União Europeia.
E, embora ainda não exista consenso, já é certo que Bruxelas vai avançar com uma proposta para rever os impostos sobre as gigantes tecnológicas. “A Comissão Europeia irá propor, no próximo ano, novas regras em matéria de tributação justa e efetiva, que garantam segurança jurídica e condições equitativas para todos", referiu Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, após a reunião desta sexta-feira.
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