Uma tenda montada na marina de Oeiras, mesmo à beira do mar que convida a um mergulho, é o espaço escolhido para o Pitch at the Beach, que decorre este fim de semana e que apesar de ser um evento de empreendedorismo se quer afirmar como diferente na forma, com o objetivo de promover a internacionalização de 30 startups que sobem ao palco para fazer “o melhor pitch das suas vidas”.

Não há badges de CEOs ou investidores, os chinelos, calções e óculos de sol fazem parte do "dress code" e o ambiente é informal, como a própria localização exige, com muito sol e espaço para um cocktail que foi preparado para promover a criação de ligações que possam gerar negócio entre os participantes. Na lista estão business angels, venture capitalists, family offices e investidores privados que vão avaliar os projetos de internacionalização dos empreendedores.

As startups foram escolhidas de entre mais de 450 candidaturas para o Pitch at the Beach, com  origem em 18 países, e há 14 portugueses entre o grupo dos que sobem ao palco nos dias 2, 3 e 4 de julho para mostrar os seus projetos e ter acesso a um portfólio de investimento que pode ascender a 80 milhões de dólares.

Veja as imagens do primeiro dia no Pitch at the Beach em Oeiras

É a primeira vez que o Pitch at the Beach se realiza em Portugal, com o apoio de Eduardo Baptista Correia, CEO do Taguspark, e Alexandre Fonseca, Co-CEO da Altice Europe, que são local founders deste evento. As edições anteriores do evento realizaram-se em Cancún, Tulum e na Ilha Pasión, em Cozumel, México, estando contabilizado um investimento acumulado de mais de oito milhões de dólares.

Ontem o encontro começou com música mas não deixou de ter momentos mais sérios, entre apresentações e os pitch das primeiras 10 startups, que tiveram 5 minutos de “antena” e 3 minutos para responder a perguntas. A energia positiva foi evidente nos vários momentos e cada startups escolheu uma música que tocava antes da sua apresentação.

Na lista das startups portuguesas no primeiro dia estiveram a Explor, a Funpass, Timeview, Tripr e Artshare,  que competiram pelo lugar de vencedor do pitch, mas hoje também a Glasson, Midiacade, Logrise e Wingdriver vão ter os seus 5 minutos de apresentação. Para o último dia estão alinhadas as portuguesas Bandora, Innocrowd e Cascata Chuva, numa parceria portuguesa e ucraniana.

Depois da abertura do evento, Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, mostrou o compromisso da empresa com Portugal e com iniciativas de empreendedorismo e inovação. A empresa é uma das patrocinadoras do Pitch at the Beach e Ana Figueiredo sublinha a importância do modelo de inovação aberta e do papel de mentores, que fomenta a iniciativa que trazem novos projetos e oportunidades ao sector.

A tecnologia de 5G e a aposta da Altice Portugal na saúde eletrónica estiveram também em destaque na apresentação, e Ana Figueiredo lembrou ainda o exemplo da cirurgia ao cancro da mama recentemente realizada na Fundação Champalimaud, que recorreu a tecnologia de realidade aumentada com os Hololens da Microsoft e ligação 5G entre Lisboa e o Hospital Clínico de Zaragoza.

Ficou ainda o desafio aos empreendedores na sala para que continuem a sonhar para usar a tecnologia para criar um mundo melhor, com a citação de Peter Drucker lembrando que “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.

No final do primeiro dia do encontro as startups vencedoras foram a Timeview, Go4Us e Tripr, mas hoje vão ser escolhidas mais três, a que se juntam outras tantas na segunda feira.

O Pitch at the Beach continua hoje com alguns exemplos de empreendedores a subir ao palco, como o de Zev Siegl, co-fundador da Starbucks, e intervenções sobre investir, ganhar e cair e duas mesas redondas dedicadas à internacionalização e à criação de uma mentalidade vencedora.

Amanhã os NFT e as criptomoedas vão estar em destaque, sendo anunciados os vencedores gerais da edição portuguesa do Pitch at the Beach.

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 12h56