
A Lenovo publicou o relatório de contas referente ao terceiro trimestre do ano fiscal esta quinta-feira, reportando um crescimento de 20% de receitas. A empresa aproveitou o bom momento de crescimento do mercado global dos computadores pessoais, sobretudo os modelos com os novos chips de inteligência artificial. Ainda assim, a IDC não está muito otimista, referindo que o mercado de PCs está estagnado e que no quarto trimestre de 2024 cresceu 1,8%.
Para o trimestre que acabou no fim de dezembro, a fabricante obteve receitas globais de 18,8 mil milhões de dólares, tendo excedido as expetativas dos analistas em quase mil milhões, avança a Reuters. Os lucros líquidos foram de 693 milhões, praticamente o dobro do previsto pelos analistas que esperavam 367,7 milhões. A nível anual, a empresa cresceu 106%.
A empresa mantém a liderança no mercado de PC, registando uma quota de mercado de 23,5%, tendo aumentado a distribuição em 4,7%, como apontam os dados da IDC. Ainda assim, a Lenovo tem vindo a diversificar o seu portfólio para produtos de software e serviços, sobretudo ligados à procura de soluções de inteligência artificial. O negócio de servidores de IA e respetivo software também contribuiu para o crescimento no trimestre.
O CEO da Lenovo, Yang Yuanqing projetou que os PCs com inteligência artificial vão continuar a crescer, esperando atingir os 80% em 2027. Salienta ainda que vai integrar a tecnologia de IA da startup DeepSeek nos seus PCs e tablets, à semelhança da Microsoft que já tinha anunciado essa decisão para os computadores Copilot+. No caso da Lenovo, a IA da DeepSeek vai estar disponível no assistente da marca, Xiao Tem, sem a necessidade de download ou registos.
Ainda no que diz respeito às contas da Lenovo, tudo o que seja não-PC, a empresa cresceu 46% em relação ao ano passado. O grupo de soluções de infraestruturas e servidores, foi registado um crescimento de 59% das receitas no terceiro trimestre, face ao mesmo período homólogo do ano anterior, para 3,9 mil milhões de dólares de receitas, um recorde, segundo a empresa.
Já o grupo de soluções e serviços de software de cloud, aumentou 12%, registando 2,3 mil milhões de dólares em receitas. A Lenovo diz que este segmento de negocio tem vindo a crescer durante 15 trimestres consecutivos.
A área de smartphones (Motorola) cresceu 21% de receitas face ao mesmo período do ano passado, tendo conseguido aumentar a sua quota em vários mercados. Nos Estados Unidos, os smartphones pré-pagos em formato “Flip” já são os mais vendidos. Cresceu 28% na América latina. E no mercado ibérico, a empresa aumentou em 50% as suas receitas, muito devido â venda dos modelos Edge e Razr. O mercado EMEA cresceu em dois dígitos, chegando ao número 3 em Itália. Alberto Ruano, Executive Director & Country General Manager da Lenovo Iberia , salienta a satisfação no crescimento da divisão de smartphones no mercado.
A Lenovo não tem dados específicos para Portugal, mas a nível ibérico salientou os bons resultados na venda de equipamentos em geral, tendo atualmente 24,45% de quota de mercado, atrás da HP em 2%. Na área de consumo, no mercado ibérico a Lenovo registou uma quota de 17,6%, sendo listado em terceiro, atrás da Asus e HP. A fabricante registou uma quebra de quota no mercado dos tablets, caindo de segundo para terceiro, em comparação com o trimestre anterior. Tem atualmente 14,8% da quota, atrás da Samsung (33%) e a Apple (27,3%). A fabricante tinha alcançado no trimestre anterior uma fatia de 26%.
Foi ainda partilhado que no mercado português em concreto, a fabricante já abriu cerca de 80% dos canais de venda para os smartphones Motorola desde meados de outubro do ano passado.
Alberto Ruano diz que pretende continuar a consolidar a marca Motorola no mercado, sobretudo na Península Ibérica. Mas no geral, salienta que foi um trimestre fantástico para a empresa, em todas as áreas de negócio onde opera, sobretudo a continuação do crescimento em não-PC que já representa 46% das receitas.
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