Entre Janeiro e Setembro, a Portugal Telecom lucrou 437,7 milhões de euros, o equivalente a uma quebra e 34,7 por cento face ao mesmo período do ano passado. Contudo, os resultados apresentados hoje pela operadora superaram as estimativas dos analistas, que previam uma queda de 44 por cento, o que colocaria os lucros nos 378 milhões de euros.

A empresa liderada por Zeinal Bava refere em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários que, retirando os efeitos de uma mais-valia obtida no final do ano passado com a Africatel, os lucros teriam aumentado 12,6 por cento no terceiro trimestre, perfazendo um total de 187 milhões de euros, e descido 3,1 pontos percentuais nos primeiros nove meses do ano, para os 487,5 milhões de euros.

O balanço da empresa indica que desde o início do ano até ao final de Setembro, as receitas subiram para os 5 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 11,1 por cento. Já no terceiro trimestre, o mesmo indicador subiu 13,3 por cento até aos 1,78 mil milhões de euros.

De acordo com a empresa, o aumento das receitas está relacionado com a evolução do volume de negócios da Vivo, da Telefónica e da TMN. Esta última aumentou as suas receitas em 5,2 por cento para os 1,19 mil milhões de euros.

Contudo, as contas da empresa indicam que as receitas do negócio da rede fixa sofreram uma quebra de 2,8 por cento, rendendo 1,48 milhões mil de euros, enquanto que no segmento doméstico, as desceram 0,4 pontos percentuais para os 2,51 mil milhões de euros, dada a quebra de 2,8 por cento nas receitas de rede fixa.

A PT frisa ainda que a descida das tarifas de terminação para os 6,5 cêntimos teve um impacto de 4 e de 6,7 milhões de euros nas receitas dos segmentos fixo e móvel, respectivamente, no terceiro trimestre do ano.

Por fim, nos nove meses analisados, a Portugal Telecom despendeu 93 milhões de euros em reformas antecipadas de 324 trabalhadores, o que fica 34,4 por cento abaixo dos 141,6 milhões de euros gastos no período homólogo.