Depois da análise do mercado global dos wearables, traçados pela IDC, onde se registou um decréscimo de 3% no primeiro trimestre de 2022, face ao mesmo período homólogo no ano passado, Portugal registou uma quebra ainda mais acentuada. “O mercado de Wearables em Portugal sofreu uma queda maior, de 22,8% face ao período homólogo, fruto das quedas nos produtos de áudio e watches”, explicou Francisco Jerónimo, vice-presidente associado da IDC, ao SAPO TEK.
O analista explica que esta queda não se deveu tanto à falta de procura, embora frise que tenha desacelerado, após um forte crescimento registado nos últimos trimestres. O motivo principal deve-se à incapacidade de as fabricantes entregarem os produtos nas lojas. A falta de componentes continua a ser a principal limitação das marcas, levando a um crescimento menor do que o esperado.
Antes da análise pelas marcas, Francisco Jerónimo explicou a diferença entre algumas categorias de produtos, nomeadamente Earwear que são produtos de áudio que ativem um assistente digital, como a Siri ou Google Assistant. Distingue ainda a diferença entre basic wearable, que são relógios que correm num sistema operativo em tempo real que não possibilita a instalação adicional de aplicações, funcionando apenas com aqueles que estão pré-instaladas; e as smart wearables são smartwatches que permitem descarregar apps de terceiros.
Veja na galeria as tabelas dos wearables no mercado português:
Nesse sentido, a Apple domina o mercado nacional de smartwatches, registando um crescimento de 52,5% no primeiro trimestre do ano, distribuindo 48.600 unidades (34.409 em auriculares e 14.191 unidades de smartwatches), registando uma quota de mercado de 19,5% e 35%, respetivamente.
Ainda assim a Xiaomi lidera o mercado particular de Earwear, embora tenha caído 59,8% neste primeiro trimestre, o que parece muito pouco, considerando que no mesmo período do ano passado cresceu 5.189,6%. A empresa vendeu no total desta categoria 39.027 unidades e tem uma quota de mercado de 22,2% neste período. A fabricante chinesa, no total, caiu 57,5% no trimestre, face ao crescimento de 546,2% no ano passado.
A Xiaomi continua a ser a líder dos wearables no país, com a venda de 84.062 unidades (quase o dobro da Apple que aparece em terceiro). A empresa tem uma quota de wearables de 25,1%, seguindo-se a Huawei com 19,3% da fatia e 64.568 unidades distribuídas, valendo-se sobretudo as wearables básicas de relógios onde lidera e pulseiras inteligentes onde é segunda.
A Apple assume assim o terceiro lugar no mercado geral de wearables, com 48.600 unidades, mas foi a que mais cresceu no trimestre, 52,5%, detendo 14,5% do mercado. A Samsung é a quarta marca que mais vende em Portugal, embora não se destaque em nenhuma categoria. Ocupa o terceiro lugar dos smartwatches, atrás da Apple e Garmin.
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