A Microsoft admite que o aumento dos preços da energia possa, neste ano fiscal da empresa, ter um impacto extra nas contas de 800 milhões de dólares. A maior parte desta conta está associada às operações na Europa, admitiu a CFO da empresa, Amy Hood, na conferência com analistas que se seguiu à divulgação dos resultados trimestrais.
Como explicou a responsável, citada pela Bloomberg, as despesas extra com eletricidade vão ter impacto na margem operacional da empresa e isso não deverá acontecer apenas durante o inverno, podendo estender-se para além disso.
No trimestre terminado a 30 de setembro, a Microsoft reconhece que as contas já refletem o aumento dos preços da energia, que têm vindo a escalar desde finais de 2020 e mais ainda desde o início da guerra na Ucrânia, mas esse efeito está a ser considerado já para todo o ano fiscal da empresa, que termina em junho de 2023.
Nos três meses terminados em setembro, os primeiros do ano fiscal 2022-2023, a Microsoft melhorou as receitas em 11% para 50,1 mil milhões de dólares, acima das expectativas do mercado, mas abaixo das taxas de crescimento conseguidas pela empresa nos últimos cinco anos. Os lucros caíram 14% para 17,6 mil milhões de dólares e os ganhos por ação também recuaram, 13% para os 2,35 dólares.
Na declaração que acompanha a nota de resultados, Satya Nadella, CEO da empresa, sublinha que “neste ambiente estamos focados em ajudar os nossos clientes a fazer mais com menos, em investir nas áreas tradicionalmente de maior crescimento e em gerir a nossa estrutura de custos de forma disciplinada”.
Pela positiva, no trimestre, destacou-se o negócio de cloud, com a empresa a reconhecer uma procura forte das soluções, materializada num crescimento das receitas na ordem dos 24%, para 25,7 mil milhões de dólares. Nesta área da cloud, sublinha-se que as vendas associadas a serviços Azure cresceram 35%.
Na área da produtividade e processos de negócio, a Microsoft reporta um crescimento de 7% das vendas do Office, tanto para o mercado empresarial como para o mercado doméstico. O Office 365 para consumo passou a contar com uma base de 61,3 milhões de subscritores. No mercado empresarial as receitas da suite avançaram 11%.
Pela negativa, e como consequência da queda nas vendas de PCs, que todas as consultoras dizem que se irá prolongar, as receitas decorrentes da venda de licenças Windows em OEM caíram 15%. As vendas de conteúdos e serviços associados à Xbox recuaram 3%, uma tendência que já se tinha verificado nos três meses anteriores e que a empresa já tinha considerado normal tendo em conta que a última versão da consola já foi lançada há dois anos.
A Alphabet, holding da Google, também apresentou resultados esta terça-feira. Conseguiu um volume de negócios de 69,1 mil milhões de dólares no trimestre, numa subida homóloga de 6%, e lucros de 14 mil milhões de dólares, mas ainda assim este foi o pior resultado da empresa desde 2013.
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