A Microsoft está a reduzir o número de colaboradores em várias equipas, num total de cerca de 1.000 pessoas. A informação foi avançada pela Business Insider e pela Axios, que citam fontes próximas, e entretanto já foi confirmada pela empresa. Os despedimentos afetarão diferentes departamentos da companhia, em diferentes regiões, incluindo nas áreas relacionadas com a consola Xbox, com o browser Edge e com o Windows, segundo as fontes citadas pelos diferentes meios.
"Como todas as empresas, avaliamos as nossas prioridades de negócios regularmente e fazemos ajustes estruturais de acordo", referiu em declarações ao SAPO TeK a Microsoft Portugal, partilhando a mesma declaração oficial que a casa-mãe nos Estados Unidos divulgou aos meios locais.
Na mesma nota, que não confirma o número de pessoas afetadas pela medida, a Microsoft garante que continuará a “investir nos nossos negócios e a contratar em áreas de crescimento chave no próximo ano". Em Portugal, confirmou também a divisão local, a Microsoft dá neste momento emprego a 1.550 pessoas.
Várias empresas da área da tecnologia têm vindo a ajustar a dimensão das equipas, não só para fazer face à redução de vendas que resulta do ajuste já esperado para o pós-pandemia em algumas áreas, mas também por causa do clima de incerteza que envolve as perspectivas para os próximos meses.
Foi recentemente notícia a intenção da Intel vir a despedir milhares de trabalhadores até final do ano. O Snap, que detém o Snapchat, anunciou planos para cortar 20% da força de trabalho e outras empresas, como a Amazon, Google, Tesla ou Netflix, também já reduziram equipas.
Alguns destes despedimentos não chegaram a ser oficialmente anunciados, mas acabaram por ser confirmados depois de citados na imprensa. É o caso da Tesla, que confirmou o despedimento de 3,5% da equipa ligada a funções administrativas em junho. Também no segundo trimestre do ano, a Amazon reduziu a equipa em 100 mil colaboradores e em setembro voltaram a surgir notícias de novos ajustes em preparação.
A nível global a Microsoft somará neste momento 221 mil colaboradores. No segundo trimestre deste ano as receitas da empresa cresceram 12%, para 51,9 mil milhões de dólares e os lucros a avançarem 2%, para os 16,7 mil milhões de dólares. Para esses números contribuíram todas as áreas de negócio, até as que não cresceram, como a do gaming, como explicava a informação partilhada pela empresa na altura.
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