No início de maio, a fintech sueca Klarna inaugurou o seu novo centro de desenvolvimento de produto em Lisboa, evento que contou com o presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas. A empresa, especialista em serviços de banca de retalho, pagamentos e compras a nível global, pretende criar 500 novos empregos, num plano previsto para os próximos anos, visando sobretudo a captação de talentos de topo, sejam locais ou internacionais.

Um mês depois da chegada a Portugal, a Klarna terá despedido pelo menos cinco colaboradores no país, segundo avança o Jornal Económico. O SAPO TEK contactou a empresa sobre o assunto e a única declaração que obteve foi a sua posição oficial: “Enquanto os desafios atuais poderão abrandar os nossos planos em Portugal, continuamos comprometidos a desenvolver a nossa presença em Lisboa e para os nossos parceiros e consumidores portugueses”.

No dia 23 de maio, o CEO da empresa, Sebastian Siemiatkowski, anunciou o corte de 10% dos seus trabalhadores, ou seja, 700 dos seus 7.000 colaboradores, numa reavaliação do negócio. O líder da empresa refere que quando traçou o plano de negócios para 2022, no outono do ano passado, “o mundo era muito diferente do que é hoje”, apontando a guerra na Ucrânia como desnecessária, levando a uma mudança de comportamento do consumidor, aumento da inflação e um mercado de valores extremamente volátil, num cenário de recessão, salienta o CEO da empresa.

Os empregados despedidos começaram a ser informados para os próximos passos. Segundo o Jornal Económico, os despedimentos do centro de inovação de Lisboa foram conhecidos depois de um dos funcionários da empresa, do departamento de marketing, ter criado uma ferramenta online em que os trabalhadores que foram despedidos pudessem inserir o seu nome, especialização e localização, para que pudessem ser recrutados por outras empresas.

No evento de apresentação da empresa em Lisboa, Alexandre Fernandes, responsável das operações da Klarma em Portugal, referiu que a startup foi uma das que mais cresceu na Europa e no mundo, com uma avaliação de 45,6 mil milhões de dólares. Tem 147 milhões de clientes, representando 169% de crescimento anual e 400 mil retalhistas mundiais. A empresa deseja oferecer experiências “smooth”, direcionando-se a um público sobretudo jovem. “No ano passado, quando comecei a trabalhar éramos 4.000 pessoas, atualmente somos 7.000, para demarcar o nosso crescimento”, destacou Alexandre Fernandes.

Nota de redação: Notícia atualizada com mais informação. Última atualização 10h21. No fecho desta notícia o SAPO TEK continua a espera de uma resposta para o número de colaboradores em Portugal que foram despedidos.