O negócio da Cisco em Portugal cresceu no último ano fiscal, terminado em Julho de 2005, 41 por cento, valor acima do aumento registado no ano anterior, de 25 por cento. Os bons resultados dos dois últimos anos fiscais parecem extender-se a 2006, com Carlos Brazão, responsável pelas operações da Cisco em Portugal a afirmar que nos dois primeiros trimestres a empresa continuou a crescer a dois dígitos.



Para os resultados registados contribuiu a tendência crescente de reformulação das redes de comunicações, ou seja "a migração para as redes de banda larga IP", mas também o aumento da taxa de penetração da banda larga no residencial, "que obriga os operadores a investirem nas suas infra-estruturas, beneficiando o nosso negócio", acrescenta Carlos Brazão.

Relativamente a soluções, a aposta da Cisco para este ano gira em redor do Unified Communications System, um conceito estratégico apresentado oficialmente no inicio deste mês, e através do qual a empresa propõe transferir mais inteligência para a rede de modo a transforma-la numa "mediadora" da panóplia de terminais e ferramentas usadas pelos funcionários de uma empresa para comunicar.



É uma ideia que obriga a uma mudança do processo de negócios, mais do que a um investimento propriamente dito. "Um passo que está ao alcance de todas as empresas clientes da Cisco, nomeadamente as portuguesas", garante Carlos Brazão, responsável pelas operações da Cisco em Portugal.



A nova plataforma de comunicação IP da Cisco compreende mais de 60 produtos de voz, dados e vídeo, novos ou actualizados. O Unified Communication System baseia-se no standard aberto SIP (Sessions Initiation Protocol), garantindo a integração de produtos de terceiros, diz Carlos Brazão. Associados à plataforma estão, por exemplo, os novos terminais Nokia dual-mode, para funcionamento em GSM e Wi-Fi.



Com uma forte estratégia de aquisição, a Cisco comprou nos últimos 24 meses 24 empresas, a última das quais a Scientific Atlanta, em Novembro último, um fornecedor de soluções digitais de vídeo que possibilitará que a Cisco ofereça soluções completas, ou "glass-to-glass", de IP/Video aos operadores de telecomunicações.

Nota de Redacção [2006-03-29 18:58]: A notícia foi corrigida relativamente aos valores de crescimento em 2005, que foram de 41 por cento e não de 51 por cento, como inicialmente avançado. Aos leitores, os nossos pedidos de desculpa.



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