De acordo com as conclusões apresentadas pelo segundo estudo realizado pela Universidade da Califórnia em Los Angeles, sobre o comportamento dos utilizadores da Internet, "The UCLA Internet Report", estes passam mais tempo a navegar do que a ver televisão. O factor diversão também passa para segundo plano já que a busca de informação é mais acentuada que a procura de diversão na Web. Todavia, a percentagem de quem acreditava que a tecnologia fazia do mundo um lugar melhor desceu de 66 por cento em 2000, para 62 por cento no presente ano.



A Internet passou a ser considerada como um meio de mass media, concorrente da televisão, já que segundo este relatório as pessoas passam cada vez mais tempo online, embora comprem menos – 48,9 por cento afirmam ter efectuado uma compra online este ano, enquanto que no ano passado eram 50,7 – e se preocupem cada vez mais com os aspectos relacionados com a protecção de dados pessoais e privacidade na Internet (94,5 por cento). Mais de metade dos utilizadores e, aproximadamente, três quartos dos não utilizadores consideram que colocam a sua privacidade em risco ao entrar na Web.



Uma percentagem elevada (98,6 por cento) dos indivíduos que apenas se encontram online há um ano, ou menos, revela-se preocupada em relação à utilização do cartão de crédito, assim como 89,1 dos utilizadores mais experientes apresenta a mesma preocupação.



Dos consumidores online, aqueles que possuem mais experiência compram em média 20 produtos por ano, enquanto que os novos utilizadores apenas efectuam 4 compras.



Segundo as estatíscas apresentadas a percentagem de americanos online este ano é de 72,3 por cento, registando-se um aumento em relação aos 66,9 por cento apurados em 2000. Mas, também o número de horas que passam na Web aumentou de 9,4 horas por semana no ano passado para 9,8 horas em 2001. Os utlizadores da Internet vêem agora 4,5 horas a menos de televisão do que os não utilizadores.



Para 91 por cento das mais de 2 mil famílias inquiridas, a Internet é uma importante fonte de informação, em 2000 esta percentagem era de 77 por cento. Este estudo revela ainda que 96,5 dos inquiridos afirma que as notas escolares das crianças que acedem regularmente à Internet melhoraram.



Apenas 3 por cento dos inquiridos deixaram de navegar na Internet desde o ano passado. As razões para isto prendem-se com a falta de acesso a um terminal com ligação, ou por considerarem que o seu computador é demasiado lento, mas não poderem adquirir um equipamento mais moderno. Ou seja, as mesmas justificações que aqueles que continuam offline (27 por cento).



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