"Graças à diversificação dos nossos polos de produção na China, ajustámos a linha de produção para minimizar o potencial impacto", disse um porta-voz da Foxconn, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.
O porta-voz da maior fabricante de iPhones do mundo não revelou qualquer data para a retoma das operações em Shenzhen.
Os cerca de 200 mil trabalhadores das duas fábricas da Foxconn em Shenzhen serão obrigados a submeter-se a testes de COVID-19, juntamente com outras medidas destinadas a tentar impedir que sejam infetados.
A Foxconn, uma das principais fornecedoras da gigante de tecnologia norte-americana Apple, abriu a primeira fábrica na China há 34 anos em Shenzhen, embora nos últimos anos tenha desviado parte da produção para outras áreas do interior da China continental, onde os salários são mais baixos.
A empresa taiwanesa abriu a maior fábrica de iPhones do mundo em Zhengzhou, capital da província central de Henan.
Os 17 milhões de habitantes de Shenzhen, que liga Hong Kong ao sul da China, foram colocados em confinamento no domingo, após a notificação de 66 novos casos de COVID-19.
As autoridades ordenaram aos habitantes da cidade, que abriga as gigantes tecnológicas Huawei e Tencent, que permaneçam em casa para controlar um surto da variante Ómicron que, nos últimos dias, já levou ao encerramento de lojas não essenciais e restaurantes.
Embora seja baixo o número de casos de COVID-19 comparado com o de outros países, a China enfrenta o pior surto da doença em dois anos.
No nordeste do país, o número de novas infeções triplicou no domingo, levando as autoridades chinesas a suspender o transporte de autocarro para a capital económica do país, Xangai.
A China, onde os primeiros casos de coronavírus foram detetados no final de 2019 na cidade central de Wuhan, registou um total de 4.636 mortes desde o início da pandemia, de 116.902 infeções confirmadas.
A doença COVID-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado em finais de 2019, mas uma das variantes do vírus, a Ómicron, detetada em novembro passado, é atualmente dominante.
Desde o início da pandemia, a COVID-19 provocou mais de seis milhões de mortos em todo o mundo, segundo dados da agência France-Presse.
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