A Polícia Judiciária participou na operação Colombo através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T), apoiando o desmantelamento daquela que é considerada uma grande rede criminosa de tráfico de seres humanos e de branqueamento de capitais.

Segundo o comunicado, esta rede terá trazido para a Europa, Reino Unido e países da América do Norte, vários milhares de pessoas desde 2022. Forneciam bilhetes de avião, documentos falsos e outros recursos para facilitar as viagens ilegais, estimando-se que os lucros, obtidos de forma ilegal, ascendam a várias centenas de milhões de euros.

Foram apreendidos "vários imóveis (sete moradias e quatro lojas) no valor aproximado de 2,5 milhões de euros, 25 contas bancárias com mais de 150 mil euros, 121 mil euros em criptomoedas, seis veículos luxuosos no valor de cerca de 110 mil euros, ouro e joias avaliados em mais de 4,5 milhões de euros, 1.700 em vouchers de restaurante, maquinaria para a produção de joalharia com valor estimado em meio milhão de euros e 320 mil euros em dinheiro", indica a mesma fonte.

"A PJ, através da UNC3T, na sequência de uma investigação por Burla/CEO Fraude, conseguiu identificar quatro contas que se encontravam referenciadas pelas autoridades francesas no âmbito da operação "Colombo", tendo ainda apreendido centenas de milhares de euros", refere ainda o comunidado.

Os responsáveis pela constituição das empresas e ou abertura das contas desta rede criminosa deslocaram-se a Portugal apenas com o objetivo de montar uma rede de branqueamento (constituição de empresas, abertura de contas bancárias, receber e dissipar fundos com origem em factos ilícitos diversos), "tendo abandonado de imediato o nosso país", indica a PJ.

A investigação, financeira e de tráfico de pessoas, foi desenvolvida pelas autoridades francesas e, além de Portugal, contou ainda com o apoio do Luxemburgo, Reino Unido, entre vários outros países da UE e fora da UE.