A Samsung acaba de anunciar a 5ª geração dos seus smartphones dobráveis, num Galaxy Unpacked que decorreu pela primeira vez na Coreia, este ano um pouco mais cedo do que é habitual. O SAPO TEK já teve oportunidade de experimentar os novos Z Fold5 e Z Flip5 e partilhou as primeiras impressões sobre o design e a usabilidade dos telefones, deixando para mais tarde uma análise mais aprofundada.
À margem do evento que decorreu em Lisboa, e a que tiveram acesso um número limitado de jornalistas, falámos também com José Correia, diretor de produto da Samsung Ibéria, sobre as novidades e as expectativas para os novos equipamentos.
Veja as imagens dos novos Galaxy Z Fold5 e Z Flip5
“As nossas expectativas são bastante fortes e achamos que podemos aumentar vendas 1.4 a 1.5 vezes face ao ano anterior”, adiantou ao SAPO TEK, explicando que os número para esta gama de equipamentos são muito positivos e que os últimos dados apontam para um crescimento de 350% nos smartphones acima dos 1.500 euros, apesar de em valor o mercado em Portugal só crescer 7%.
“O mercado está a cair globalmente [em número de vendas] mas em especial no segmento premium, e acima de 1.500 euros, está a subir este ano. […] Continua a existir procura, que está a acelerar”, sublinha José Correia.
A aposta da Samsung está no reforço da qualidade e da usabilidade dos equipamentos, e José Correia destaca as novidades nos novos dobráveis, em capacidade de processamento com o Snapdragon 8 Gen 2 mas também nas câmaras e no software.
A nova dobradiça Flex Hinge faz parte dos pontos realçados pelo diretor de produto, que aponta a resistência como uma questão importante. “Para nós é muito importante tranquilizar o consumidor quanto à durabilidade do ecrã”, adianta, realçando o novo modo de dobragem do Z Fold5 e do ZFlip5 que retira pressão e aumenta a durabilidade.
Os novos equipamentos “foram submetidos aos testes da Veritas para certificar a possibilidade de poder abrir 200 mil vezes, estamos a falar de 100 vezes por dia durante 5 anos, e estamos a reforçar também os materiais, temos este ano a última versão do vidro da Corning Gorilla Glass, o Victus 2”, justifica.
Mesmo assim esta área não é uma preocupação para a empresa. “A incidência de problemas de ecrã [nos dobráveis] é acima da gama S, que é baixíssima, mas é um tema que não nos preocupa . sabemos que existe, faz parte da tecnologia, não escamoteamos e estamos mais próximos dos consumidores com linhas dedicadas, mas temos vindo a assistir que o número de incidências está a diminuir de geração para geração e isso dá confiança de que não é um problema e vai ter cada vez mais sucesso no mercado”.
A confiança crescente dos consumidores fez também com que a Samsung descontinuasse o programa de Try and Buy que tinha lançado em 2021. “No primeiro ano a adesão foi grande, no ano passado já não tanto. Acredito que o consumidores já não procuram tanto e, tendo em conta a fraca adesão do ano passado, já não voltámos a repetir”, adiantou quando questionado sobre esta modalidade que tinha sido inovadora.
A Samsung mantém outros modelos de apoio á compra, como o renting, e também está a reforçar a mensagem da retoma de equipamentos, até por uma questão de sustentabilidade ambiental.
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