Os 12 mais ricos do mundo, segundo o ranking de bilionários da Bloomberg, já juntaram à fortuna 264 mil milhões de dólares este ano. Só na última quinta-feira o seu património valorizou 36 mil milhões de dólares e a culpa é do mercado de capitais, o mesmo que no ano passado os tornou menos ricos. Neste leque estão nove homens da tecnologia, todos dos Estados Unidos, que conseguiram recuperar quase 172 mil milhões de dólares para as respetivas fortunas desde o início de janeiro.
Numa análise aos dados do ranking, atualizados de forma dinâmica, a Business Insider observa a subida, que cola com a subida de 2% na valorização das empresas do índice S & P 500, também na quinta-feira, dia em que o Nasdaq também fechou em terreno positivo e a valorizar 2,4%. Desde o início do ano, as empresas do ranking S&P 500 valorizaram 8%, enquanto as tecnológicas listadas no Nasdaq valorizaram 17%.
O multimilionário que mais ganhou com esta subida, entre os que estão no grupo da frente dos mais ricos, foi também um dos que mais perdeu no ano passado, Mark Zuckerberg, fundador da Meta, dona do Facebook, cuja fortuna valorizou 42 mil milhões de dólares este ano.
Vários outros multimilionários da tecnologia também não podem queixar-se de 2023, sobretudo por influência do mercado de capitais e da trajetória das ações que detém nas companhias que criaram, lideram ou lideraram. Depois de um fim de ano de investimentos tímidos e receios relativamente aos efeitos da inflação e situação macroeconómica, as grandes tecnológicas voltaram a cativar investidores e os resultados notam-se nestes números.
Elon Musk, agora “estacionado” no segundo lugar do indice dos mais ricos, atrás de Bernard Arnault, chairman da Moet Hennessy Louis Vuitton, recuperou já este ano mais de 26 mil milhões de dólares, para a fortuna calculada em 163 mil milhões de dólares.
Para além do fundador da Tesla e da SpaceX, têm boas razões para sorrir nomes como Jeff Bezos (Amazon), Steve Ballmer (ex-Microsoft) ou Larry Page (Alphabet), respetivamente nos 3º, 7º e 8º lugar da tabela dos mais ricos. Também por ordem, viram este ano as suas fortunas crescerem 19,1, 15,2 e 20,9 mil milhões de dólares.
Para os restantes multimilionários nos 12 primeiros lugares do ranking, a história repete-se e o ano tem sido de grandes ganhos. Bill Gates, por exemplo, que durante anos esteve nos lugares do topo desta lista, já recuperou mais de 15 mil milhões de dólares, para a fortuna estimada de 125 mil milhões de dólares. Um valor idêntico (na ordem dos 15 mil milhões) conseguiu recuperar o outro fundador da Alphabet, Sergey Brin, desde janeiro.
Em conjunto, as 12 maiores fortunas do ranking da Bloomberg engordaram já este ano mais de 1,4 biliões de dólares, um valor equiparado ao valor de mercado atual da Alphabet e que representa mais de 5% do PIB dos Estados Unidos no último trimestre.
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