As vendas de música a nível mundial voltaram a descer durante 2003, na quarta queda anual consecutiva, prejudicadas pelo download ilegal de ficheiros, mas também pelo aumento da compra de outro tipo de produtos de entretenimento, como jogos de vídeo e DVDs. Os dados da International Federation of the Phonographic Industry (IFPI) – a instituição que representa mundialmente a indústria discográfica - indicam que a queda registada a nível mundial rondou os 7,6 por cento, embora a tendência negativa tenha abrandado no segundo semestre, com um aumento das vendas nos EUA.




O mercado norte-americano - o maior do mundo neste sector com a sua quota de 37 por cento - registou uma queda de seis por cento, enquanto no Japão - o segundo maior mercado em termos mundiais -, as vendas de música baixaram 9,2 por cento, no quinto ano consecutivo.




A Europa não foi excepção, com as vendas de CDs na Alemanha a diminuírem quase 20 por cento, na sexta queda anual seguida. Portugal foi incluído no conjunto de países europeus onde as vendas também diminuíram em mais de 10 por cento, ao lado da Bélgica, da Dinamarca, da França, da Grécia, da Irlanda, da Suécia e da Suíça.




No terceiro maior mercado do sector a nível mundial, Reino Unido, as vendas permaneceram inalteradas e a Austrália foi o único mercado entre os "10 maiores" a registar um aumento. As suas vendas subiram 5,9%, ajudadas por artistas locais, indica a IFPI.




Embora encarando 2003 como mais um ano difícil para a comercialização de música, Jay Berman, presidente da IFPI, considera que os dados apurados deixaram alguns sinais encorajadores para 2004. Entre os factores positivos contam-se a ligeira recuperação das vendas nos EUA durante o último trimestre de 2003 - que tem continuado ao longo deste ano - e o crescimento global da venda de música em DVDs.




Entretanto, a indústria discográfica também conseguiu progredir na disponibilização de serviços alternativos - pagos - de download de música. Segundo a IFPI, nos EUA, estes serviços registaram 19,2 milhões de downloads durante a segunda metade de 2003.




Na Europa, onde a campanha de perseguição a swappers foi iniciada há menos tempo, a organização diz existirem cerca de 30 serviços de venda legal de música na Internet, a partir dos quais foram efectuados mais de 300 mil downloads.


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