Foi o melhor ano de sempre para a Cilnet. A tecnológica portuguesa, especializada em serviços de engenharia na área das TI, anunciou esta quarta-feira que terminou o passado ano de 2016 com uma faturação de 17,7 milhões de euros. O número, face aos valores alcançados em 2015, representa um crescimento na ordem dos 18% e um aumento de rentabilidade de 50%.

Na apresentação de resultados à imprensa, que decorreu esta quarta-feira em Lisboa, a Cilnet sublinhou, no entanto, que o ritmo de evolução positiva na faturação abrandou. Em comparação com o crescimento registado de 2014 para 2015, que chegou aos 32%, a empresa destaca o carácter orgânico das operações conduzidas em 2016 e a sustentação dos números com outras operações essenciais à organização das contas. Exemplos disso são o crescimento do ativo em 20%, a redução do passivo, que é agora "residual", nas palavras da empresa, e a redução dos encargos financeiros em cerca de 50%.

Das várias áreas de negócio onde a Cilnet atua, os data centers continuam a ser os mais preponderantes na faturação da empresa. Do bolo total de 17,7 milhões, 30% correspondem a negócios feitos neste campo. Os serviços de colaboração foram responsáveis por 27%; os de segurança por 16%; os de Wi-Fi por 10%; e "outros", como os serviços geridos, por exemplo, por 17%.

2017 foi também um ano de reformulação para a tecnológica portuguesa. Apesar de ter transformado parte da sua oferta para disponibilizar serviços que sejam capazes de sustentar todo o ciclo de vida de um produto, a empresa estreou-se também em NOC/SOC (Network Operation Center/Security Operation Center), registando um crescimento de 200% nesta área só durante o último ano fiscal.

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A introdução de serviços de cloud privada foi outro dos pontos destacados por Eduardo Matos, administrador da Cilnet, durante a apresentação. A tecnologia permitiu-lhe integrar um projeto em parceria com a Cisco e o Turismo de Portugal no valor de um milhão de euros para a implementação de Wi-Fi em zonas históricas de Portugal e para a criação de portais contextuais para cada uma das zonas onde este será instalado.

A tecnológica destacou-se também como uma das melhores 100 empresas para trabalhar em Portugal, de acordo com a revista EXAME. "Temos uma elevadíssima taxa de retenção de colaboradores e muito baixa rotatividade. Isto torna-nos numa empresa mais atrativa para o mercado de trabalho, mas também nos faz sentir bem com o nosso trabalho", comentou Eduardo Matos.

Para o que resto do ano que já corre, a empresa esclarece que a missão é consolidar a ofera criada e alcançar um crescimento sustentado com uma meta de mais 20% na rentabilidade em margem bruta. O foco vai ser apontado aos serviços e cada vez menos aos equipamentos.

A recente alteração da estrutura accionista cria também as condições ideais para a internacionalização da empresa. "Apesar da estratégia não estar delineada, a entrada da Findmore dá-nos potencial para desenvolver projetos noutros países com a ajuda das sinergias que vão derivar desta união", disse João Martins, administrador da Cilnet.

A visão que a empresa tem para a exploração de oportunidades além-fronteiras é, porém, diferente. "Vejo a internacionalização a consolidar-se com parceiros locais, mas com a operacionalização de serviços de forma remota, a partir de Portugal", diz João Martins. "A deslocação de recursos tem muitos custos adjacentes [...] acredito que somos capazes de escalar desta forma".

Em termos numéricos, os administradores dizem também que esta é a "primeira vez que não sabemos projetar uma faturação". Prevê-se uma mudança nos objetivos da empresa. Em vez da faturação, a empresa vai apontar à rentabilidade. Sobre o crescimento, diz a empresa, o máximo que se pode dizer é que deverá chegar aos dois dígitos.

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