Em junho do ano passado, Bruxelas apresentou duas novas propostas sobre o Euro Digital e, em novembro, o Banco Central Europeu avançou para a fase de preparação, que vai durar dois anos. O reforço na preparação para o Euro Digital por parte das tecnológicas financeiras é uma das tendências apontadas pela Rauva para o sector fintech em 2024.
“Numa escala superior à atual, devemos assistir em 2024 a uma maior preparação das tecnológicas financeiras para uma possível implementação do euro digital ainda esta década uma vez que muitos modelos de negócios serão impactados”, afirma afirma Maxence Cornet, Chief Technology Officer da Rauva citado em comunicado.
Ao longo do ano passado, o sector fintech viu uma consolidação de inovações, impulsionando-o a novos patamares para experiências financeiras mais intuitivas e eficientes, tanto para consumidores como empresas, indicam os dados partilhados.
A ascensão da Inteligência Artificial, blockchain e pagamentos instantâneos, assim como a proliferação de serviços financeiros descentralizados possibilitaram mais oportunidades de transformação para as tecnológicas financeiras.
As preocupações com a cibersegurança também ganharam um maior destaque e a regulamentação e a sustentabilidade consolidaram a maturidade deste segmento empresarial, indica a Rauva.
“Num contexto incerto como o que vivemos, uma das poucas certezas que temos é a rápida evolução do setor tecnológico. As inovações aplicadas aos serviços financeiros têm-no demonstrado, uma após outra”, afirma Maxence Cornet.
Para o próximo ano, contamos com a continuação de tendências que marcaram as fintech este ano, como a proliferação da utilização da IA para geração de insights e do recurso aos pagamentos mobile a nível global”.
Depois de um crescimento expressivo em 2023, a presença da IA na sociedade e negócios vai ser reforçada no novo ano. Segundo as previsões da Rauva, este desenvolvimento sinaliza um futuro onde o setor fintech beneficiará significativamente da integração da IA generativa nas suas operações, para transformar a forma como oferece serviços e interage com os clientes.
Em 2024 espera-se também um crescimento no uso de pagamentos mobile, incluindo em países cuja adesão inicial não foi tão significativa, tendo em conta. À medida que os serviços financeiros se tornam mais digitalizados e que cresce a procura de soluções mais eficientes e acessíveis, as transferências SEPA (Single Euro Payments Area) instantâneas vão passar a ter mais relevância.
A implementação do euro digital tem estado no centro de inúmeros debates recentemente. O advento das moedas digitais, nomeadamente a que poderá vir a ser emitida pelo Banco Central Europeu, terá um impacto significativo nas transações financeiras e na forma como os consumidores lidam com as suas finanças pessoais, afirma a Rauva.
Embora a digitalização da moeda traga a promessa de mais eficiência e rapidez nas transações, também levanta questões sobre a privacidade e segurança, o que vai exigir a tomada de medidas robustas por parte das tecnológicas financeiras.
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