O projeto de criptomoeda Libra do Facebook tem vindo a enfrentar um crescente escrutínio por parte de reguladores norte-americanos e europeus. Agora, a moeda digital do Facebook vai deixar de estar no centro da sua estratégia de pagamentos digitais. Assim que for lançado, o projeto vai passar a suportar stablecoins, como o euro ou o dólar, para além da Libra.
Em comunicado à imprensa, a Libra Asssociation afirma que o projeto será supervisionado por um conjunto de bancos centrais e entidades reguladoras de 20 países organizado pela FINMA, a Autoridade Federal de Vigilância do Mercado Financeiro suíça.
Além das mudanças no tipo de moedas digitais disponíveis, a associação que lidera o projeto indica que fez algumas mudanças à criptomoeda Libra. À Reuters, Christian Catalini, um dos principais economistas da Calibra, afirmou que a moeda foi simplificada relativamente à conceção original. Além disso a Libra Asssociation refere ainda que vai reforçar as proteções da reserva de criptomoedas a pensar em possíveis casos de extrema instabilidade dos mercados.
A Libra Association está também a planear reforçar as medidas de segurança para evitar a utilização da moeda digital em casos de lavagem de dinheiro ou para financiar organizações terroristas. Assim, a associação pretende registar-se na Financial Crimes Enforcement Network do Departamento do Tesouro dos EUA.
No início de março deste ano, várias fontes previam já uma série de mudanças ao projeto, incluindo o suporte a stablecoins. Recorde-se que em outubro de 2019, David Marcus, cocriador do projeto, tinha anunciado que a empresa estava em busca de abordagens alternativas para o token de moeda que pretendia utilizar.
As fontes revelaram também que o Facebook iria adiar o lançamento da carteira digital Calibra para outubro deste ano. Ao que tudo indica, a empresa planeia permitir a qualquer utilizador a possibilidade de comprar e guardar criptomoedas a partir do seu smartphone e usá-las para fazer pagamentos.
Embora a gigante tecnológica tenha intenções de integrar a Calibra no WhatsApp e no Messenger, a carteira digital estará limitada a algumas regiões mundiais, sendo que a sua disponibilidade poderá estar condicionada às moedas suportadas pelo projeto.
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