A utilização de redes peer-to-peer não é o principal factor para a diminuição das vendas de música. Quem usa as redes peer-to-peer para ter acesso a música gratuita também compra CDs e quem não compra CDs também não recorrer às redes P2P para ter acesso a conteúdos musicais, revela um estudo realizado pela associação canadiana da indústria fonográfica (CRIA). O documento está publicado no site da organização, mas que não teve qualquer divulgação adicional, embora venha apresentar dados que contrariam a estratégia da associação.



O estudo revela que os adolescentes - referenciados em vários outros estudos como não compradores de música - são afinal os maiores compradores de música e que quem não compra música (nem descarrega a partir da Internet) acha os preços de demasiado elevados, está satisfeito com os CDs que já tem ou tem outros interesses.



À pergunta de onde vêm a música que tem no seu PC? 36,4 por cento dos inquiridos respondem que a origem são os seus próprios CDs; 32,6 por cento admitem que é recolhida através do download em redes P2P, enquanto 20,1 por cento referem que foi partilhada por amigos. Daqui resulta que mesmo para os utilizadores que recorrem a serviços P2P, apenas um terço da sua música é obtida por esta via.



Os número mostram igualmente que são os utilizadores com idades entre os 35 e os 44 anos quem mais recorre às redes P2P (31 por cento recorrem à partilha de ficheiros e 27 por cento aos seus próprios CDs). No universo total de inquiridos apenas 25 por cento dizem que nunca compram música que já tenham ouvido através das redes P2P.



O estudo pergunta ainda porque razão as pessoas compram menos CDs hoje em dia e apenas 10 por cento dos inquiridos aponta a disponibilidade de downloads gratuitos como razão principal. Dezasseis por cento elege o preço como principal razão, 14 por cento diz que é pela falta de interesse e 13 por cento aponta a falta de tempo.



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