Resultados da Apple surpreendem mas marca dá “trambolhão” no ranking de smartphones

Embora esteja cada vez mais perto de se tornar um “trillion-dollar baby”, a marca da maçã caiu para o terceiro lugar no top mundial de fabricantes de smartphones. As "culpas" vão para a Huawei.

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A marca de Cupertino revelou os resultados daquele que foi o melhor trimestre de junho de sempre da tecnológica, com grande parte da “responsabilidade” a ser atribuída ao topo de gama, iPhone X, considerado o “aparelho mais popular do trimestre”.

Com uma faturação total de 53.265 milhões de dólares (cerca de 45.532 milhões de euros) o presidente executivo da empresa, Tim Cook, referiu que este “é o melhor trimestre a acabar em Junho de sempre para a Apple, em parte devido às vendas dos iPhones e ao foco nos serviços".

O responsável também atribuiu os créditos deste salto de 17% nas vendas, em relação ao período homólogo de 2017, aos serviços (como o Apple Music ou a AppStore), cuja divisão subiu 31% para 9,5 mil milhões de dólares, e ao segmento dos wearables (como o iWatch ou os airpods), que disparou 60%.

Estes resultados traduziram-se em lucros que dispararam 32% e numa valorização da tecnológica de 935 mil milhões de dólares, mas com a expetativa que hoje, quarta-feira, chegue a valores que posicionem a Apple na primeira empresa da história a atingir a marca do bilião.

No entanto, este trimestre também traz um “amargo de boca” à gigante tecnológica que se viu atirada para a terceira posição no ranking mundial de maiores fabricantes de smartphones. De acordo com os dados divulgados pela IDC, a Huawei ultrapassou a marca da maçã ao vender 54,2 milhões de smartphones nos três meses entre março e junho, um crescimento de 40,9%.

Embora a Apple até tenha subido a quota de mercado em comparação com o mesmo período do ano passado (de 11,8% para 12,1%) e o Iphone X continue a ser o equipamento mais vendido em muitos mercados, esta troca de lugares deve-se, principalmente, à performance da Huawei.

“O crescimento continuado da Huawei é, no mínimo, impressionante, tal como a sua capacidade de entrar em mercados onde era basicamente desconhecida até há pouco tempo”, afirma o analista Ryan Reith, da IDC. Desta forma, a quota da Huawei subiu para 15,8%, aproximando-se da líder Samsung, que tem agora 20,9%.

Recorde-se que, em maio, a Huawei chegou ao primeiro lugar dos smartphones mais vendidos em Portugal.