A The Exploration Company levantou 160 milhões de dólares (mais de 151 milhões de euros) para financiar o desenvolvimento da sua cápsula espacial, projetada para transportar astronautas e carga.
As empresas de capital de risco Balderton Capital e Plural foram os principais investidores na ronda, num grupo que também incluiu os fundos de investimento French Tech Souveraineté, apoiado pelo governo francês, e DeepTech & Climate Fonds, apoiado pelo governo alemão, .
O principal produto da The Exploration Company é a Nyx, uma cápsula espacial de transporte de passageiros e carga, lançada com o impulso de foguetões, desenvolvida com o objetivo de ser reutilizável.
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A empresa está atualmente a desenvolver a segunda versão da Nyx, que espera lançar no próximo ano, seguida de uma versão final em 2028. Este modelo será parcialmente financiado pela Agência Espacial Europeia.
Em entrevista à CNBC, Hélène Huby, fundadora e CEO da The Exploration Company , contou que a empresa já assinou 800 milhões de dólares (758,120 milhões de euros) em contratos para utilizar a cápsula, nomeadamente com empresas como a Starlab, que está a projetar uma nova estação espacial, e a Axiom Space.
“Dissemos: ok, vamos construir esta capacidade na Europa para que a Europa possa ter a sua própria cápsula e também o mundo precise de uma solução alternativa. Não podemos apostar apenas na SpaceX”, apontou Hélène Huby.
Embora o mercado da exploração espacial esteja a crescer acentuadamente, a área dos lançadores e das naves reutilizáveis ainda tem poucos players. O maior é definitivamente a SpaceX, com a sua Dragon, mas também existem rivais da China e da Rússia.
Refira-se que na Europa também está a ser construído o veículo espacial Space Rider, que irá pousar nos Açores no seu voo inaugural.
Com lançamento previsto para 2027, o novo vaivém da ESA será uma plataforma de testes e ensaios científicos em órbita, com capacidade de retorno e reutilização. Atualmente em fase de testes e validação, permitirá à Europa dispor de um veículo espacial com capacidade para embarcar experiências em ambiente de microgravidade, com regresso assegurado.
Este vaivém, que após o lançamento permanecerá no espaço por cerca de dois meses, poderá a vir a ser usado comercialmente, o que capacitará a indústria europeia para abrir novos mercados.
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