A SonaeCom obteve no primeiro trimestre de 2004 resultados líquidos de 235 mil euros, pisando pela primeira vez terreno positivo. Para os resultados contribuíram positivamente a Optimus e a Novis. A operadora fixa acumulou um crescimento de 22 por cento no seu volume de negócios (para 45 milhões de euros) com um crescimento de 26 por cento nas receitas de telecomunicações, que atingiram os 42 milhões de euros.




Por seu lado, a Optimus melhorou o seu EBITDA em 20 por cento para os 40 milhões de euros, impulsionados por um aumento de 9 por cento nas receitas de serviços, onde os dados pesam 19 por cento. Os clientes MMS identificados no período atingiram os 32 mil, parte de um total de 2.088 milhões de clientes com um ARPU (receita média por subscritor) de 22,9 euros.




O Clix foi o único dos activos suportados pela SonaeCom que se manteve em terreno negativo com um resultado líquido de 577 milhares de euros negativos. O volume de negócios do ISP caiu em 20 por cento, para 7,6 milhões de euros. A empresa atribui a descida à crescente migração dos clientes para banda larga, segmento em que o Clix optou por cancelar a oferta em forma de protesto às condições regulatórias, consideradas pouco atractivas.




Contudo, a SonaeCom reconhece que as últimas acções do regulador como positivas e mediante as condições em que a PT apresente uma oferta grossista de referência ADSL bitstream o ISP do grupo admite a hipótese de voltar a fornecer acesso de banda larga, abdicando de algumas das condições que havia imposto na altura em que cancelou a oferta a novos clientes, explicou Lobo Xavier, administrador da SonaeCom em conferência de imprensa.




A SonaeCom refere ainda que a oferta ADSL desenhada com base na rede UMTS, que a Optimus brevemente irá operar, em alternativa à dependência da infra-estrutura da PT, está em fase piloto. O segundo semestre fiscal da empresa deverá já repercutir o resultado desta experiência.




No que respeita à oferta de serviços de voz e dados de forma directa, a empresa adianta que até final do primeiro semestre conta utilizar 52 centrais já desagregadas para suportar uma oferta Novis que chegará também ao mercado residencial através do Clix.




Os resultados consolidados demonstram que a SonaeCom obteve no primeiro trimestre do ano um volume de negócios de 206 milhões de euros, mais 6 por cento que no período homólogo. O EBITDA melhorou 45 por cento para 43,1 milhões de euros.




Os indicadores positivos não fazem arriscar um final de ano acima da linha de água. A empresa é cautelosa e mantém a previsão para 2005, reafirmou na conferência de imprensa Chris Lawrie, administrador financeiro da empresa.




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