Quando a Microsoft fez a aquisição da ZeniMax, a casa-mãe da Bethesda, um dos pontos colocados foi compreender a estratégia da gigante tecnológica. Se os respetivos títulos dos estúdios envolvidos se manteriam multiplataformas, ou seja, com lançamentos que incluem as consolas da Sony e Nintendo, ou se iriam entrar em exclusivo no catálogo do Game Pass, que é a prioridade da divisão Xbox liderada por Phil Spencer.
O certo é que os compromissos estabelecidos anteriormente à aquisição da ZeniMax foram compridos, como o lançamento de Deathloop que se manteve exclusivo na PlayStation 5 nas consolas, com lançamento também no PC. Mas Phil Spencer veio dar a entender que futuros lançamentos podem ser mesmo exclusivos da Xbox, incluindo os esperados Starfield e o próximo The Elder Scrolls.
Os analistas afirmam que o elevado investimento da Microsoft nas editoras de renome tendo em vista a exclusividade do seu ecossistema pode ser perigoso para as suas contas. Uma vez que o Game Pass ainda está longe de dar o retorno necessário para compensar os gastos. Ainda esta semana foi divulgado que o serviço tem agora 25 milhões de subscritores ativos, num crescimento de 39%, mas ainda assim abaixo dos 48% que a gigante de Redmond esperava.
A questão dos lançamentos multiplataformas voltam a estar novamente na atualidade depois da Microsoft ter anunciado a intenção de compra da Activision Blizzard. A própria Sony já reagiu à notícia do negócio, referindo ao The Wall Street Journal que “espera que a Microsoft cumpra os acordos contratuais e continue a garantir que os jogos da Activision sejam multiplataformas”, disse fonte da empresa.
A grande questão está mesmo a série Call of Duty, uma das mais lucrativas da indústria, que passa assim para as mãos da Microsoft, ao fechar-se o negócio. Cada jogo da série vende acima dos 15 milhões de unidades e num Top 10 da Statista, o que vendeu menos atingiu as 17,6 milhões de unidades, enquanto o maior sucesso, Call of Duty Black Ops, ultrapassou os 30 milhões. São números impressionantes para cada título, mesmo com uma base de lançamentos anuais.
Para já, Phil Spencer não quis revelar os planos da Microsoft para o futuro, mas disse que “os jogos da Activision Blizzard são apreciados numa variedade de plataformas e planeamos continuar a suportar essas comunidades daqui para a frente”. São palavras um pouco abertas, considerando que o serviço Game Pass pode ser jogado nas consolas Xbox, PC Windows, smartphones via cloud e até eventualmente diretamente das Smart TVs no futuro. Resta saber se os estúdios envolvidos no negócio, com tradição de produção nas plataformas PlayStation e Nintendo vão continuar a produzir para as rivais.
Com a notícia do negócio entre a Microsoft e a Activision, as ações da Sony deram um tombo de 13% na bolsa de valores de Tóquio esta quarta-feira, refere a Bloomberg. Foi a maior desvalorização da tecnológica desde 2008, na sequência do anúncio, avaliado em 20 mil milhões de dólares de perda de valor. É referido que a eventualmente de perder os jogos da Activision pode ter consequências nas contas da empresa, uma vez que 30% das receitas da Sony têm origem nos jogos e serviços de rede.
Por outro lado, outras editoras de relevo na indústria viram os seus valores subirem com o anúncio, por serem potenciais empresas a serem adquiridas pelas gigantes. A Capcom e a Square Enix subiram mais de 3,7% no mercado de Tóquio. As ações da Ubisoft disparam 12%, a Electronic Arts 6% e a CD Projekt RED 3%, segundo dados da xStation5.
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