Os resultados trimestrais ontem apresentados pela Apple mostram que a empresa continua a subir em receitas e lucros, sustentados pelo crescimento contínuo da venda dos seus produtos bandeira, nomeadamente o iPhone e o iPad.

Com receitas a superar os 20 mil milhões de dólares e lucros líquidos de 4,31 mil milhões, a empresa de Steve Jobs volta a superar os seus próprios recordes, registando um crescimento de 67% nas receitas face ao período homólogo.

As vendas de iPhones aumentaram 91% para os 14,1 milhões neste trimestre - terminado a 25 de Setembro -, juntando-se a estes números os 3,89 milhões de Macs vendidos no mesmo período e os 9,05 milhões de iPods. Os novos tablets tiveram também vendas impressionantes, superando as 4 milhões de iPads vendidos.

"Estamos estupefactos por ter conseguido receitas de mais de 20 mil milhões de dólares e mais de 4 mil milhões de dólares de ganhos após impostos - ambos são recordes para a Apple", afirmou na conferência de resultados Steve Jobs, CEO da Apple, que promete mais novidades para o final do ano.

Para o próximo trimestre - que para a Apple é o primeiro de 2001 - as expectativas são também muito positivas, até porque tradicionalmente os últimos três meses do ano são sempre mais fortes nas vendas. Steve Jobs admite que a Apple poderá atingir receitas de 23 mil milhões de dólares e ganhos por acção de aproximadamente 4,80 dólares.

Apesar dos números os mercados financeiros não acolheram de forma positiva os resultados da empresa que está em terceiro lugar entre as tecnológicas mais valiosas.

De acordo com a agência Bloomberg as acções da Apple caíram 6,1% depois dos resultados falharem as previsões dos analistas, preocupados também com a possibilidade de problemas de fornecimento de componente poderem afectar as vendas do iPad.

A onda negativa acabou por ter impacto em várias acções de tecnológicas, afectadas também pelo facto da IBM ter também reportado resultados abaixo do previsto, mesmo com 12% de crescimento nos lucros.