O Supremo Tribunal norte-americano vai expandir a investigação antitrust à Google aberta em setembro deste ano. O grupo de advogados de 48 Estados norte-americanos liderado por Ken Paxton, procurador geral do estado do Texas, vai agora aferir também se a gigante tecnológica está a respeitar as leis da concorrência no que toca ao seu mecanismo de pesquisa e aos produtos para a plataforma Android, avança a CNBC.
De acordo com fontes próximas da investigação, a decisão terá surgido por parte de Ken Paxton numa reunião recente entre os advogados dos 48 estados. Para apoiar o inquérito, o grupo irá enviar à Google uma série de solicitações de documentos referentes à forma como os mecanismos em questão operam.
Quando foi anunciada, a investigação centrava-se apenas nas práticas da Google a nível da publicidade. A iniciativa bipartidária focava-se na forma como a empresa recolhe informação acerca dos seus utilizadores nos seus anúncios. Uma vez que a gigante de Mountain View “domina não só todos os aspectos da publicidade online, mas também da pesquisa na Internet”, nas palavras de Paxton, o grupo de procuradores gerais tem também como objetivo a proteção do consumidor e das pequenas empresas.
A investigação do Supremo Tribunal norte-americano não foi a única que se focou no mecanismo de pesquisa e aos produtos para a plataforma Android da Google. Em julho de 2018, a Comissão Europeia aplicou uma “multa recorde” no valor de 4,34 mil milhões de euros à empresa por ter usado “práticas ilegais para cimentar o seu domínio no mercado de pesquisas internacionais”, tal como afirmou a comissária Margrethe Vestager.
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