A necessidade de adaptar a empresa às novas exigências da União Europeia de colocar as compras públicas em plataformas eletrónicas fez com que a WZDP, o jornal oficial de Viena, procurasse uma nova plataforma tecnológica que lhe permitisse suportar o negócio nesta área. A escolha foi a plataforma da Vortal, que tem vindo a conquistar espaço a nível internacional.

Em entrevista ao TeK durante uma visita oficial a Lisboa para definir alguns detalhes técnicos da nova plataforma, Wolfgang Riedler, CEO da WZDP, explicou que a empresa decidiu lançar um concurso público ao qual responderam várias empresas alemãs e austríacas, mas que sem surpresa a vencedora foi a portuguesa Vortal, que já conhecia pela qualidade e flexibilidade da plataforma.

“Portugal está à frente nesta área de contratação pública eletrónica, tem 7 ou 8 anos de avanço e a Vortal é líder neste negócio”, adianta o CEO da empresa.

Admitindo que a WZDP pode ter feito uma “escolha inesperada” num mercado germânico onde é muito difícil empresas tecnológicas estrangeiras conseguirem finalizar negócios, Wolfgang Riedler está confiante que fez a escolha certa, e os primeiros desenvolvimentos do negócio já provam isso mesmo.

“Precisamos de uma solução pronta a implementar mas flexível, e com respostas criativas”, justifica.

A implementação da plataforma na WZDP ainda está a dar os primeiros passos, mas agora a empresa tem de acelerar porque já celebrou o primeiro contrato com a Cidade de Viena, um grande cliente que fez uma adjudicação no valor de 1,5 milhões de euros e que quer começar a usar a plataforma no início do próximo ano.

Wolfgang Riedler acredita que o mercado de entidades públicas vai tornar-se muito dinâmico nos próximos tempos na Áustria mas também nos países vizinhos, como a Áustria ou a Suiça, onde a proximidade da língua e a partilha dos mesmos desafios na implementação de estratégias de compras públicas eletrónicas podem abrir caminho a novos contratos semelhantes ao que agora foi estabelecido.

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Parceria que mostra capacidade da tecnologia portuguesa

Rui Dias Ferreira, presidente executivo da Vortal, admite que este negócio pode abrir novas portas nos mercados germânicos, mas confessa também a satisfação e orgulho de ver a tecnologia portuguesa vencer num mercado onde tradicionalmente reconhecemos qualidades de robustez e fiabilidade. “Esta representa uma mudança na forma de olhar para Portugal como um país de tecnologia”, sublinha o presidente executivo da Vortal.

Para Rui Dias Ferreira, o acordo com a WZDP “é mais um projeto e parceria do que um negócio”, explicou ao TeK. “Temos várias estratégias diferentes de alargamento da nossa presença nos mercados europeus, com presença direta em países como a Alemanha e Espanha, e noutros países procuramos parcerias. Curiosamente na Áustria fomos ‘encontrados’ e convidados a entrar neste concurso da WZDP que já está a dar resultados”.

Atualmente a faturação da Vortal fora de Portugal já representa mais de 50% do negócio em entidades contratantes, mas a empresa não quer ficar por aqui e vai continuar a explorar as oportunidades que a nova legislação europeia na área dos contratos públicos abre.