Seis empresas chinesas, incluindo TikTok, Shein e Xiaomi, foram alvo de uma queixa formal apresentada esta quinta-feira pelo grupo austríaco de defesa de privacidade Noyb, que acusa as companhias de transferirem ilegalmente dados de utilizadores da União Europeia para a China.
Conhecido por ações contra gigantes norte-americanas como Apple, Alphabet e Meta, o Noyb apresentou queixas em quatro países europeus, exigindo a suspensão imediata destas transferências e multas que podem atingir 4% da receita global das empresas envolvidas, avança a Reuters.
Segundo a organização, plataformas como AliExpress, Shein e TikTok admitem enviar dados pessoais de europeus para a China, enquanto Temu e a aplicação WeChat, da Tencent, transferem informações para “países terceiros” não identificados - provavelmente a China.
Para o Noyb, estas transferências violam o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da UE, que só permite a partilha de dados com países que garantam uma proteção equivalente à europeia. "A China, enquanto estado autoritário de vigilância, claramente não cumpre este requisito" disse Kleanthi Sardeli, advogada do grupo, citada pela Reuters.
As empresas chinesas têm estado na mira dos reguladores de vários países, como é o caso do TikTok, no momento a planear encerrar a sua aplicação nos EUA a partir de domingo, se a proibição federal aprovada pela administração Biden entrar em vigor.
A Comissão Europeia também está a investigar o TikTok, nomeadamente sobre supostas falhas em limitar interferências eleitorais, com as eleições presidenciais na Roménia a serem apontadas como exemplo.
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