De acordo com o The Guardian, alguns funcionários da Google encontram-se na situação de trabalhadores subcontratados, auferindo baixos salários. Os empregados em questão estão ligados ao funcionamento do Google Assistant, no qual são responsáveis pela produção de enormes conjuntos de dados.
Segundo um trabalhador citado pelo diário britânico, que manteve o anonimato por não estar autorizado a falar com a imprensa, “a inteligência artificial não é assim tão artificial; são seres humanos que têm feito todo o trabalho”. Este funcionário trabalha no Pygmalion, a equipa responsável por produzir conjuntos de dados linguísticos que fazem o Assistant funcionar. A maioria dos seus colegas são trabalhadores temporários subcontratados, que durante anos foram pressionados a trabalhar horas extra e não pagas, de acordo com o Guardian que refere o testemunho de sete antigos e atuais membros da equipa.
Estes funcionários alegam que o trabalho não remunerado era um sintoma da cultura laboral posta em prática pelo executivo que fundou o Pygmalion, que viria a ser despedido pela Google em março, na sequência de uma investigação interna.
De qualquer modo, afirmam, a Google tem mais de 100 mil trabalhadores na condição de temporários ou prestadores de serviços, que são responsáveis pela recolha ou criação de dados necessários ao funcionamento de grande parte da tecnologia da gigante americana. O Guardian cita como exemplo os condutores que capturam fotos para o Street View do Google Maps, os moderadores de conteúdo que treinam os filtros do YouTube para apanhar material proibido ou os funcionários que carregam conteúdo para as bibliotecas do Google Books.
Os funcionários contactados pelo Guardian consideram, assim, que a existência de dois níveis de trabalhadores – os da Google a tempo inteiro, muito bem remunerados, e os precários contratados através de empresas de recrutamento – é “corrosivo”, “altamente problemático” e “permissivo à exploração”.
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