Segundo um documento entregue ao regulador do mercado norte-americano (SEC, na sigla inglês), o fundador da Tesla e da SpaceX disse inicialmente que contribuiria com 21.000 milhões de dólares em fundos próprios, do seu bolso ou suportados por terceiros.
No entanto, esta terça-feira, informou a SEC que aumentou esse valor para 33.500 milhões de dólares. Desta forma, Musk reduziria parte do financiamento que vem de empréstimos e eliminaria especificamente aqueles que estão vinculados ao capital da Tesla, empresa de veículos elétricos de onde vem grande parte da sua fortuna.
O homem mais rico do mundo divulgou ainda que está a negociar com importantes acionistas do Twitter, incluindo o fundador, Jack Dorsey, para a "possibilidade" destes trocarem os seus títulos antes da conclusão do negócio. Musk pretende tirar a empresa do mercado de ações e estes acionistas manteriam uma participação na rede social.
De acordo com a imprensa internacional, Jack Dorsey retirou-se do conselho de administração do Twitter, coincidindo com a assembleia de acionistas da empresa. Este passo estava planeado, quando Dorsey anunciou que deixaria o cargo de CEO em novembro.
Musk anunciou em abril a sua intenção de compra do Twitter, que lhe dará o controlo da empresa, divulgando que a operação será concluída este ano. Desde então, Elon Musk tem colocado em dúvida a concretização desta operação, chegando a anunciar que ia paralisar o processo até que fosse esclarecido quantas contas falsas existe na rede social.
A recente reviravolta do homem mais rico do mundo sobre a compra da rede social tem sido controversa e, segundo alguns analistas, sem sentido, à exceção de ser uma tentativa para diminuir o valor do Twitter ou para renegociar o acordo que, segundo os especialistas, está a ficar cada vez mais caro para o CEO da Tesla.
Na semana passada, Elon Musk respondeu diretamente, com sarcasmo, a mensagens do CEO do Twitter sobre contas falsas. Parag Agrawal sublinhou, na sua mensagem, que a rede social suspende todos os dias mais de meio milhão de contas spam "mesmo antes de que os utilizadores possam vê-las".
"O desafio mais difícil é que muitas contas que parecem superficialmente falsas são na verdade pessoas reais. E algumas das contas falsas que são realmente as mais perigosas e causam mais danos aos nossos usuários podem parecer totalmente legítimas", acrescentou.
Mas Elon Musk referiu, na sua resposta a existência de "20% de contas falsas/spam", ou seja, quatro vezes mais do que o Twitter afirma. Musk alertou que o número pode ser muito maior e que a sua oferta de compra tinha sido baseada na precisão dos registos da rede social.
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