A Virgin Orbit vai para a bolsa. A operação já está a ser preparada e vai permitir à empresa de satélites de Richard Branson, que ainda em julho conquistou as suas "asas" de astronauta, angariar mais investimento para os projetos em curso e para novos projetos.

A operação de dispersão de capital vai ser concretizada depois da fusão com uma SPAC (Specific Purpose Acquisition Company), que dará origem a uma empresa avaliada em 3,8 mil milhões de dólares, com receitas na ordem dos 483 milhões de dólares.

O modelo, cada vez mais usado para ajudar empresas a escaparem às flutuações de mercado a que estariam sujeitas num IPO, centra o processo de angariação de capital numa empresa, neste caso a NextGen Acquisition Corp, liderada por investidores experientes, que assumem diretamente a missão de angariar capital para o negócio.

A Virgin adiantou já que a Boeing será um destes investidores, embora não tenha revelado o valor que a fabricante de aviões prevê alocar a este investimento. A Virgin Orbit vai cotar-se no índice Nasdaq e a operação deve estar pronta para ser lançada no final do ano, depois de aprovada a fusão e levantado o capital.

O recurso a SPACs para preparar a entrada em bolsa e angariar investidores e capital tem vindo a ser cada vez mais usado e é um recurso já explorado por outras empresas do sector, como a Rocket Lab, que deve chegar à bolsa ainda esta semana depois de passar por um processo de fusão idêntico àquele que a Virgin agora se prepara para iniciar. A própria Virgin Galactic passou a ser uma empresa cotada recorrendo ao mesmo modelo.

Virgin Orbit transportou satélites para o espaço pela primeira vez
Virgin Orbit transportou satélites para o espaço pela primeira vez
Ver artigo

A Virgin Orbit é um spin-off da Virgin Galactic feito para otimizar o foco dos dois negócios que o grupo quer explorar: o transporte espacial de pessoas e de satélites. A Virgin Orbit encarrega-se do segundo e realizou a sua primeira missão bem-sucedida no início deste ano.